AutoIndústria
Apesar das vendas ainda estarem em patamar abaixo de 2019 por causa da pandemia da Covid-19, os preços dos automóveis continuarão sofrendo reajustes este ano. Segundo o presidente e CEO da Volkswagen América Latina, Pablo Di Si, os aumentos são necessários por causa da situação cambial do momento.
“A desvalorização do real, infelizmente, é um fato. A indústria automobilística, incluindo a Volkswagen, teve de reajustar preços e esse movimento vai continuar, talvez em ritmo menor. Todos estes carros que estamos vendendo hoje são mais conectados e incorporam componentes importados”, lembrou o executivo durante entrevista online nesta quinta-feira, 6, quando destacou não ser possível deixar de repassar a alta do dólar para o preço final dos produtos.
Atualmente operando em dois turnos nas suas fábricas brasileira, a Volkswagen ainda aguarda como será o comportamento do mercado nos próximos meses para definir novas estratégias de produção. “Em Taubaté, SP, já comunicamos que o 2º turno vai até dezembro. Embora estejamos tendo um desempenho melhor do que o da média da indústria, ao final de cada dia fica claro que estamos abaixo dos níveis de 2019. Tem notícias boas, como a redução da Selic, e outras ruins, como o aumento do desemprego. Precisamos esperar um pouco mais”.
Apesar das dificuldades ainda existentes, o CEO da Volkswagen fez questão de destacar que “a última coisa que faremos é mexer no nosso time de funcionários”. Questionado sobre quando o mercado brasileiro voltará aos patamares pré-pandemia, Di Si citou estudo da Anfavea que prevê esse cenário só para 2025 e, ainda assim, em uma visão mais otimista.
De qualquer forma, a Volkswagen comemora o excelente desempenho do T-Cross e também a boa procura pelo seu mais recente lançamento, o Nivus. Segundo a montadora, toda a produção de julho e agosto do novo modelo já está comprometida com os negócios fechados em sistema de pré-venda online. Só agora o modelo está chegando na rede de concessionárias da marca e as primeiras entregas deverão ser iniciadas esta semana. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)