AutoIndústria
Abril já entrou para história dos transportes no Brasil. Infelizmente, por motivo que as empresas jamais imaginariam há bem pouco tempo. O setor de transporte registrou, no quarto mês de 2020, recuo de 21,2% em relação a abril do ano passado e 17,8% sobre o resultado de março.
Os números correspondem aos piores desempenhos do setor em serviços, armazenagem e correio na série histórica da análise iniciada em fevereiro de 2011. É o que aponta o boletim Economia em Foco, da CNT, Confederação Nacional dos Transportes, que utiliza dados da PMS, Pesquisa Mensal de Serviços, do IBGE.
O transporte terrestre registrou seu pior desempenho, com queda de 28,5% em relação ao mesmo mês do ano passado e de 20,6% na comparação com março. O segmento mais atingido, porém, foi o aéreo, com tombo de nada menos do que 77,2% na comparação com abril de 2019 e de 73,8% sobre o mês anterior.
Os resultados do setor em abril só não foram ainda piores graças ao segmento ferroviário. A movimentação em Toneladas Úteis (TU) pelo modal cresceu 18,9% sobre abril do ano passado e também sobre março deste ano.
Os dados apurados da PMS referendam as informações reveladas em três rodadas da Pesquisa de Impacto no Transporte – Covid-19 realizadas pela CNT desde o início da pandemia. A mais recente, realizada em 18 de junho, já mostra pessimismo em relação a maio e aos próximos meses.
“A pandemia provocou retrações históricas no volume de demanda das empresas transportadoras, levando-as a operar em um nível crítico que, do ponto de vista financeiro, não se sustenta no tempo”, alerta a entidade. (AutoIndústria)