Mini Countryman JCW tem dupla personalidade

Jornal do Carro

 

O Mini Coutryman JCW tem múltiplas personalidades. E pode ser considerado como a personificação automotiva da história de O Médico e o Monstro, livro publicado em 1886 de autoria do Robert Louis Stevenson. A obra conta a história do dr. Henry Jekyll, que tem a capacidade de se transformar no malvado Edward Hyde. O SUV britânico é, ao mesmo tempo, compacto e amplo, confortável e esportivo, ágil no asfalto e dotado de virtudes para encarar piso ruim, com suspensão elevada e tração 4×4.

 

Com preço sugerido no Brasil a partir de R$ 289.990 o modelo tem motor 2.0 de quatro cilindros turbo a gasolina que gera potência de 306 cv e torque máximo de 45,8 mkgf. O câmbio é automático de oito velocidades. Há opção de trocas manuais na alavanca e por meio de hastes atrás do volante.

 

Outra faceta dessa versão é a vocação para acelerar. A sigla JCW, de John Cooper Works (Cooper preparava os primeiros carros de competição da marca), é garantia de que o SUV é pensado também para as pistas. Isso se faz presente no controle de largada, por exemplo.

 

Countryman JCW é foguetinho

 

Graças ao sistema, que permite arrancar quando todo o vigor do motor está disponível, o Mini Countryman JCW, que pesa cerca de 1.600 kg, pode acelerar de 0 a 100 km/h em 5,1 segundos. De acordo com dados da marca, o motorista/piloto pode acionar o recurso cerca de 100 vezes antes de levar o carro à revisão.

 

Como a carroceria é alta (tem 1,56 metro, ante 1,43 m dos outros Mini), os mais experientes poderão tentar fazer o carro escorregar em curvas fechadas. Isso se as suspensões independentes nas quatro rodas (McPherson na dianteira e multibraço na traseira) permitirem.

 

Contribuem com a boa estabilidade a direção com assistência eletro-hidráulica. Assim como as rodas de liga de 18 polegadas e os pneus 225/45.

 

Três modos de condução

 

Como o torque máximo surge a partir das 1.750 rpm e o câmbio estica bem as marchas altas, basta pisar forte no acelerador para o carrinho disparar. Há três opções de modos de condução: Green, Mid e Sport.

 

O primeiro, focado no gasto de gasolina, faz mais sentido para uso nas cidades. O Mid, como o próprio nome entrega, mistura o Green com algum nível de prazer ao volante. Já o Sport, meus amigos, esse sim é para quem gosta de dirigir.

 

Ao ser acionado, a eletrônica deixa o carro mais permissivo. As marchas são “encurtadas”, as respostas da direção ficam mais diretas e o ronco do motor ganha um quê de atrevimento. E se você curte uma estradinha de terra, não se aflija.

 

Mini bom de terra

 

Com 16,5 cm, a distância livre do solo é quase 2 cm maior que a dos Mini convencionais. É claro que o Countryman JCW não é um carro off-road, mas encara sem medo aquele trecho entre o asfalto e a porta do sítio. E a tração 4×4 por demanda garante passagem livre sobre grama molhada, poças e alguma lama.

 

Tudo isso é acompanhado de conforto e uma boa dose de requinte. Os bancos são de couro, o ar-condicionado de duas zonas de atuação tem regulagem digital e a tela de 8,8 polegadas do sistema multimídia conta com vários modos de exibição.

 

Eletrônica embarcada

 

O dispositivo, aliás, é compatível com Apple CarPlay. E o sistema de som da marca Harman-Kardon tem 12 alto-falantes. Entre outros destaques há retrovisor interno eletrocrômico e teto solar panorâmico.

 

Boas soluções tecnológicas também são o head up display e os faróis de LEDs. Ainda assim, o Mini tem sistemas, digamos, mais “raiz”, como o ajuste manual dos bancos por alavancas.

 

E se você tem família, o Countryman cuidará bem dela. A cabine leva cinco pessoas com relativo conforto e a capacidade do porta-malas é de 450 litros.

 

Só não compra quem não quer

 

A Mini está com condições especiais para toda sua linha de produtos oferecida no País. A ação vai até o fim do mês, inclui planos de financiamento e três anos de manutenção grátis.

 

Uma das opções é dar entrada equivalente a 60% do valor do carro e quitar o saldo em até 24 parcelas. A taxa mensal de juros é zero. Outra possibilidade é pagar o sinal correspondente a 49% do valor do carro e assumir, além das 24 parcelas intermediárias, uma prestação final fixa. Nesse caso o pagamento da primeira será após 120 dias.

 

Para o Mini John Cooper Works Countryman ALL4, que tem preço sugerido no Brasil a partir de R$ 289.990, há um plano com entrada de R$ 57.998 (20% do valor do carro) mais 12 vezes de R$ 14.915,53, além de prestação final de R$ 86.997. O carro sairá por R$ 323.981,36. São R$ 33.981,36 (ou 11,7%) a mais que o valor à vista.

 

Aviso de revisão

 

Outra opção é um plano cujos valores do sinal e parcela final são iguais aos do anterior, mas com 36 prestações mensais de R$ 5.970,62. No fim do contrato, o consumidor terá pago o total de R$ 359.937,52. São 24,1% ou R$ 69.947,52 de acréscimo.

 

O plano de revisão da Mini baseia-se nas condições de utilização do veículo, e não apenas no prazo ou na quilometragem. O sistema monitora o estado dos componentes e lubrificantes e informa o proprietário sobre as manutenções necessárias.

 

O aviso, acionado por meio de alertas no painel, é feito com antecedência de quatro semanas. Assim, as manutenções poderão ser realizadas somente quando houver desgaste real dos componentes do carro.

 

Ficha técnica

Mini Coutryman JCW

Preço sugerido: R$ 289.990

Motor: 2.0, 4 cil., 116V, turbo, a gasolina

Potência (cv): 306 a 5.000 rpm

Torque (mkgf): 45,8 a 1.750 rpm

Câmbio: Automático, 8 marchas

Comprimento: 4,3 metros

Altura: 1,56 metros

Porta-malas: 450 litros

Procedência: Inglaterra

 

Prós: versatilidade

Britânico agrada tanto os que gostam de acelerar quanto quem prefere passeios na terra

Contras: preço

Com o valor do modelo, dá para comprar um VW Tiguan Allspace 2.0 350 e um Chevrolet Onix

(Jornal do Carro)