Diário do Transporte
A empresa BYD anunciou nesta quarta-feira, dia 29 de abril de 2020, que será a fornecedora de 12 ônibus articulados 100% elétricos que vão circular no corredor do projeto da Linha Verde, de São José dos Campos, no interior de São Paulo.
A assinatura do contrato entre a prefeitura de São José dos Campos e a BYD foi realizada também nesta quarta-feira no Paço Municipal.
O corredor, considerado a principal obra de mobilidade da cidade, terá numa primeira etapa, 14,5 quilômetros, e vai ligar as regiões sul e leste, consideradas as mais populosas, passando pelo centro da cidade.
Os 12 ônibus articulados terão 22 metros de comprimento cada e serão fabricados pela BYD na planta em Campinas, também no interior paulista, que já produz os chassis 100% elétricos comercializados no País.
“A fábrica, instalada em Campinas desde 2015, tem capacidade de produção de 720 chassis por ano, podendo expandir a fabricação para até 1.440 chassis por ano.” – diz a empresa de capital chinês, em nota.
Na mesma nota, o diretor da divisão de ônibus da BYD Brasil, Marcello Schneider, disse que a escolha por veículos elétricos impacta positivamente na saúde da população.
“É muito importante que as prefeituras compreendam a importância e a necessidade real de fazer substituição das frotas por veículos não poluentes. Investir em mobilidade verde não só melhora a qualidade do ar nas cidades, como impacta diretamente na saúde da população”.
Também estiveram presentes na assinatura do contrato, o Presidente da BYD Brasil, Tyler Li, a Gerente Jurídica da BYD, Gabriella Masetto, o Secretário de Transportes e Mobilidade de São José dos Campos, Paulo Guimarães, e o Prefeito de São José dos Campos, Felicio Ramuth.
Em nota, a prefeitura diz que os 12 veículos vão custar R$ 34,732 milhões, sendo que R$ 9,2 milhões sairão da outorga do serviço de concessão da zona azul.
Contrato de construção
A prefeitura assinou também nesta quarta-feira, 29 de abril de 2020, o contrato com o Consórcio Projeto Linha Verde, formado pelas empresas Compec Galasso e Geosonda, que serão responsáveis pelas obras da primeira fase do projeto, que terá início na Estrada do Imperador (região sul) até o Terminal Intermunicipal (região central).
O contrato tem valor de R$ 55,832 milhões, sendo R$ 30 milhões de aporte do governo estadual, segundo a prefeitura.
O sistema será classificado como TRM (Transporte Rápido de Massa) e vai contemplar um “eixo sustentável” de 75 mil metros quadrados que e inclui, além do corredor expresso para os ônibus, quatro praças ao longo do trajeto.
Das áreas remanescentes, 5% serão destinadas à habitação de interesse social, beneficiando quem mais precisa, segundo a prefeitura. (Diário do Transporte/Adamo Bazani)