Frota & Cia
De acordo com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, o mercado doméstico de combustíveis vive uma “grande contração”, por causa da crise econômica desencadeada pela pandemia do novo coronavírus. Segundo ele, as vendas de gasolina vivem uma retração da ordem de 60%, enquanto a demanda por diesel está 40% menor.
Além disso, Castello Branco informou que o mercado de querosene de aviação é o que mais sente os efeitos da crise e, hoje, é 15% do que era no momento “pré-covid-19”.
Por causa da desvalorização do petróleo, a companhia tem feito reduções dos preços dos combustíveis no mercado interno. Portanto, o presidente da estatal cobrou que os ajustes da petroleira cheguem ao consumidor final.
“Espero que [os demais elos da cadeia, como distribuidores e revendedores] se comportem como bons capitalistas e não como inimigos do capitalismo que prosperam em cima da sociedade e minam a crença popular no funcionamento do livre mercado”, afirmou o executivo, durante evento on-line promovido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e a agência de notícias epbr.
Hibernação de plataformas
A Petrobras começou a hibernação de 62 plataformas em campos de águas rasas das bacias de Campos, Sergipe, Potiguar e Ceará, informou a companhia. Segundo a empresa, as unidades não apresentam “condições econômicas para operar com preços baixos de petróleo e são ativos em processos de venda”.
A parada dessas unidades corresponde a um corte de produção de 23 mil barris de petróleo por dia. A petroleira destacou que, das plataformas hibernadas, 80% não são habitadas, e os empregados que atuam nas demais unidades habitadas não serão demitidas. “Todos serão realocados para outras unidades organizacionais da Petrobras. (Frota & Cia/André Garcia)