O Estado de S. Paulo/Jornal do Carro
Desde março, todas as fabricantes de veículos instaladas no Brasil paralisaram a produção. Algumas devem retomar as atividades nos próximos dias. Outras mudaram o cronograma, ampliando o período de suspensão das atividades e da produção. Há as que estão operando apenas para auxiliar no reparo e produção de respiradores e ventiladores, apoiadas por unidades do Senai no treinamento para esse tipo de serviço.
Em acordo com sindicatos, a GM adotou paralisação das fábricas até junho, suspensão de contratos de trabalho e redução de jornada e salário. As medidas valem nas plantas de Indaiatuba, Mogi das Cruzes, São Caetano do Sul, São José dos Campos e Sorocaba, todas no Estado de São Paulo, Gravataí (RS) e Joinville (SC).
O porcentual da redução de salário varia conforme o nível do funcionário. De operários a gerentes, o corte foi de uma hora por dia e 12,5% no salário. Para diretores e níveis superiores, o corte no salário é de 25%.
A Toyota adiou o retorno para 24 de junho. Inicialmente a paralisação iria até 22 de abril. Todas as plantas da empresa ficam no Estado de São Paulo.
A Honda postergou a parada de suas fábricas de automóveis (Sumaré e Itirapina) e motos, em Manaus. As de carros devem ser reativadas em 27 de abril. Já a de motos só voltará em 4 de maio. Também em Manaus, a linha de produção da Yamaha, que ficaria paralisada até o dia 19 de abril, só deve voltar a operar após o dia 29.
A Ford informou que as fábricas voltariam a funcionar em 6 de abril, mas a data de retorno foi postergada. As plantas de Taubaté (SP), Camaçari (BA) e Pacheco, na Argentina, ficarão paradas até 30 de abril.
Da Renault, o complexo Ayrton Senna, que fica em São José dos Pinhais (PR), também teve o período de paralisação ampliado. A parada, que estava prevista para até o dia 14 de abril, foi prorrogada até 3 de maio.
As fábricas da BMW em Manaus (motos) e Araquari (SC), que produz carros, só voltarão a produzir no dia 4 de maio. Na planta da Hyundai em Piracicaba (SP), a volta foi adiada de 13 para 27 de abril. O retorno da produção da planta da Jaguar Land Rover em Itatiaia (RJ) está marcada para 28 de abril.
Marcopolo
A Marcopolo, fabricante de carrocerias de ônibus, é a única empresa do setor que retomou as atividades. As plantas de Caxias do Sul (RS), de forma parcial, e do Rio de Janeiro já voltaram a produzir. A empresa informou em nota que irá reavaliar se manterá ou não a produção a partir de 27 de abril.
Decreto da prefeitura de Caxias limita o retorno a 25% dos funcionários no turno diurno e 25% à noite, a maioria na área da produção. A empresa tem operações na China, primeiro país atingido pelo novo coronavírus. A planta no Novo Distrito de ChangZhou voltou a operar há cerca de um mês.
Outras marcas já haviam anunciado a extensão do período de paralisação de suas fábricas no Brasil. As da MercedesBenz só voltam após 2 de maio e a da PSA ficará parada até 31 de maio. Em maio a FCA também deverá retomar a produção. O retorno da produção da Nissan em Resende (RJ) foi adiado para o dia 22 de maio.
A fábrica da HPE (Mitsubishi e Suzuki), em Catalão (GO), ficará parada até o fim de maio. A da Caoa, em Anápolis (GO), está fechada por tempo indeterminado, seguindo as determinações do governo do Estado. A de Jacareí (SP), da Caoa Chery, mantém a paralisação já programada até 30 de abril. Até a mesma data ficarão paradas as fábricas do grupo Volkswagen, que inclui a Audi, em todo o País. (O Estado de S. Paulo/Jornal do Carro)