AutoIndústria
Janeiro, definitivamente, não foi um bom mês para os organizadores do Salão do Automóvel de São Paulo. Se já na primeira semana do ano o Grupo BMW anunciou que não exibirá os sofisticados carros da BMW e Mini no tradicional evento paulistano, esta semana outras duas desistências de peso: Toyota e General Motors.
A GM justificou, em nota oficial, na última sexta-feira (31), a ausência dos modelos Chevrolet exatamente na edição comemorativa dos 60 anos da mostra:
“A Chevrolet quer ser relevante para o cliente em todos os momentos e por meio de todos os canais escolhidos por ele. E a jornada de relacionamento do consumidor com a nossa marca vem se mostrando cada vez mais digital. Prova disso é que cerca de 32% das nossas vendas de varejo iniciam-se no ambiente digital”.
Ainda segundo o texto, 93% da rede de concessionários da marca estão integrados em plataforma única, sistema que gerou mais de R$ 3 bilhões em vendas em 2019.
“Assim, a estratégia é focarmos cada vez menos em formatos analógicos e apostarmos mais em plataformas digitais e customizáveis, sempre tendo o cliente como o centro de tudo o que fazemos”, encerrou a GM.
O discurso e a justificativa da montadora não diferem quase nada dos utilizados pelos concorrentes e mesmo daquelas que já não participaram da última edição do salão em 2018 e que, portanto, abriram mão de apresentara seus produtos a cerca de 750 mil visitantes presentes nos pavilhões do São Paulo Expo.
Com a saída da Chevrolet, marca líder em vendas no mercado interno nos últimos anos, a lista de ausentes já relaciona onze marcas: Chevrolet, BMW, Mini, Toyota, Lexus, Volvo, Peugeot, Citroën, Jaguar, Land Rover e JAC.
Outras marcas ainda analisam a participação. A FCA, que reúne Fiat, Jeep, Chrysler e RAM, confirmou a presença. Ao contrário da Toyota, que nesta quarta-feira, por meio do próprio presidente da operação brasileira, Rafael Chang, revelou que não levará as novidades da marca nem as de sua divisão de luxo Lexus. (AutoIndústria/George Guimarães)