O Estado de S. Paulo
Entre as novidades esperadas para o segmento de caminhões, duas são destaque. A Volkswagen Caminhões e Ônibus iniciará no fim do ano a produção em série do elétrico e-Delivery. Hoje, a fábrica de Porto Real (RJ) já produz algumas unidades para testes. A empresa definiu um grupo de oito fornecedores de peças e serviços que vão se instalar dentro do complexo para operar em forma de consórcio modular, como já ocorre com os veículos convencionais.
As empresas do e-Consórcio são Weg (motores), CATL e Moura (baterias), Bosch (sistema elétrico), Siemens (serviços e sistemas de recargas de baterias), Eletra (parceria tecnológica) e Meritor (desenvolvimento de engenharia e produção).
A VWCO tem contrato de intenção de compra de 1,6 mil unidades do e-Delivery com a Ambev e seus distribuidores e mais 50 interessados que, por enquanto, não informaram quantidades que pretendem adquirir.
Roberto Cortes, presidente da empresa, discute atualmente com o governo federal medidas para reduzir o custo dos caminhões elétricos que custam mais que o dobro de um convencional a diesel.
Entre as medidas sugeridas estão a redução do imposto de importação das baterias (por enquanto não fabricadas no País), crédito fiscal e isenção de pedágio e de estacionamento.
“É preciso levar em conta os benefícios dos veículos elétricos, como menos emissões de poluentes, menos ruídos e menos custo de manutenção, entre outros”, afirma Cortes.
A Mercedes-Benz iniciará em abril as entregas do caminhão Actros sem retrovisores, produzido na fábrica do ABC paulista. Duas telas dentro da cabine permitem um campo de visão de alta definição e alcance de 2oo metros, e tem alerta de pedestres.
“Além de maior segurança ao motorista, o MirrorCan reduz o consumo de combustível em 0,5% a 1% por melhorar a aerodinâmica ao eliminar dois grandes espelhos”, diz Philipp Schiemer, presidente da empresa. (O Estado de S. Paulo)