Portal Segs
Investir num carro zero requer escolhas: modelo, marca, conforto, viabilidade econômica, mas um dos principais itens de avaliação deve ser com a segurança mecânica, por isso conhecer o número de recall que a montadora realiza e quais são os “problemas” de fábrica que estão resolvendo.
Vamos pegar o exemplo do incêndio no Onix – GM. Denis Marum, engenheiro mecânico e analista técnico do mercado automotivo, esclarece: “Segundo as explicações fornecidas ao Ministério de Justiça, a GM informa a necessidade de atualização do software de gerenciamento do motor devido a possibilidade de que, em determinada situação de pressão atmosférica, temperatura externa, humidade relativa do ar e combustível de má qualidade, ocorra um fenômeno chamado pré-ignição. Segundo a montadora a anomalia acaba causando danos graves ao motor gerando quebra do bloco e consequentemente vazamento do óleo motor que em contato com as partes quentes poderá gerar o incêndio”.
O pior é que – segundo Marum – este fenômeno de pré-ignição é muito comum em todos os carros da frota brasileira, e uma das principais causas está ligada a alguma anomalia no combustível (adulteração dos combustíveis). E adverte: “a montadora deve estar estudando todas as variáveis envolvidas para identificar quais as reais necessidades de alteração do software de gerenciamento do motor, enquanto isso os proprietários que ainda não levaram seus carros para concessionária devem ficar atentos à luz de injeção eletrônica e parar o veículo imediatamente ao seu acendimento”.
Bom, além da GM, tem recall da Volks (T-Cross – trinca eixo traseiro), Audi (Q5 paralamas podem se soltar), Lexus (amortecedor da porta traseira), Subaru (falha motor e freio), Ford – Ka e EcoSport (bancos) e Mercedes Benz (falha do airbag). Lembrando que o proprietário tem obrigação de responder ao recall. (Portal Segs/Denis Marum, engenheiro mecânico, 35 anos de experiência na direção de pós-venda, dono de oficina mecânica, consultor e analista técnico do mercado automotivo)