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Com nada menos do que 13 marcas para gerenciar, o novo grupo a ser formado pelo casamento de PSA e FCA tem um forte trabalho à frente. Apesar de muitas marcas se entrelaçarem, Carlos Tavares, atual CEO do grupo Peugeot Citroën e futuro comandante da fusão, garantiu que nenhuma marca morrerá com o matrimônio.
Atualmente, Lancia e Chrysler já lutam pela sobrevivência dentro da FCA. A Lancia tem presença restrita somente à Itália com o velho hatch Ypsilion o qual divide plataforma com o Fiat Panda e com o Fiat Uno. Apesar de esquecida, a Lancia consegue somente na Itália vender mais que a Alfa Romeo em toda Europa.
Outro problema dentro do portfólio PSA-FCA está na Chrysler. A marca que estampa junto da Fiat o nome do grupo automotivo hoje é representada basicamente pela minivan Pacifica e por sua irmã gêmea de entrada, a Voyager. O icônico sedã 300 está velho e vende cada vez menos.
Apesar dessas duas pedras no sapato, Carlos Tavares, em entrevista ao BFM Business, disse que “é parte do desafio gerenciar adequadamente essas marcas para cobrir o mercado. Eu não vejo necessidade, se o negócio for concluído, de remover alguma marca porque cada uma tem sua história e suas forças”.
Forças para cada região
Dentro da estratégia PSA-FCA, o grupo terá como marcas de base Citroën, Fiat, Opel e Vauxhall. O degrau intermediário entre marcas generalistas e premium ficará a cargo de Peugeot, Lancia e Chrysler. Já o segmento premium será coberto por DS e Alfa Romeo.
O grupo ítalo-franco-americano ainda tem marcas de nicho como a luxuosa e esportiva Maserati, a marca de SUVs Jeep e a especialista em picapes, RAM – vale lembrar que as duas últimas são as marcas de maior volume global hoje da FCA.
A união fará com que a PSA retorne com bases mais sólidas ao mercado americano e melhore sua imagem e presença na América Latina ao passo que a Fiat Chrysler se aproveitará da boa imagem e capilaridade que Peugeot, Citroën e Opel têm na Europa para voltar a ganhar espaço com Fiat, Jeep e Alfa Romeo. (iCarros/João Brigato)