AutoIndústria
O aumento de 16,6% na produção de veículos em outubro com relação a setembro gerou alta similar no volume estocado em seus pátios, que passou de 148,6 mil para 173,6 mil no mesmo comparativo, ou seja, acréscimo de 25 mil unidades estocadas.
De acordo com o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, a alta da produção no mês passado é reflexo, em parte, do maior número de dias úteis – dois a mais do que em setembro. Mas também indica uma preparação das montadoras para garantir a oferta de produtos no final do ano, quando muitas delas entrarão em férias coletivas.
Foram fabricadas 288,5 mil unidades em outubro, ante as 247,5 mil do mês anterior e as 263,2 mil do mesmo mês de 2018, com evolução nesse caso de 9,6%. “Foi o nosso melhor resultado desde agosto do ano passado”, informou o presidente da Anfavea nesta quarta-feira, 6, ao divulgar o balanço mensal do setor.
Considerando o volume total das montadoras e das concessionárias, o estoque cresceu 4,7%, passando de 348,6 mil em setembro para 365,1 mil unidades em outubro – 43 dias de produção contra 41. Houve redução no número de veículos estocados nas concessionárias, de 200 mil para 191,5 mil, mas nos pátios das montadoras o estoque subiu 16,8%, para mais de 173 mil veículos.
A indústria automobilística totaliza no ano produção de 2,55 milhões de unidades, volume 3,6% superior ao do mesmo período de 2018 (2,46 milhões) e o melhor resultado para o acumulado do período de dez meses desde 2014. A Anfavea mantém meta de expansão de 2,1% na produção este ano, para 2,94 milhões de veículos.
Enquanto o mercado interno segue em alta – de 8,7% no acumulado do ano, com 2,28 milhões de emplacamentos -, as exportações continuam em declínio. Foram exportadas apenas 367,5 mil unidades no acumulado dos dez primeiros meses do ano, 34,7% a menos do que os 563 mil embarques de idêntico período de 2018.
A Anfavea só divulgará suas projeções para 2020 em janeiro, mas seu presidente já adianta que a recuperação da economia brasileira está no horizonte e que o mercado interno deve se manter em alta, graças a maior oferta de créditos e novos investimentos em infraestrutura, dentre outros indicadores favoráveis para os próximos meses. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)