Quatro Rodas
Porque eles geram mais calor e possuem um circuito de lubrificação maior. A diferença do reservatório abastecido das versões aspirada e turbo do motor da Volkswagen EA211 1.0, por exemplo, chega a 700 ml extras para a variante sobrealimentada.
O principal motivo para a variação é que o turbocompressor usa o óleo para sustentar, lubrificar e resfriar a árvore que une a turbina e o compressor.
Além disso, a maior potência específica dos motores turbo também aumenta a temperatura do lubrificante, exigindo um radiador específico.
Segundo a fabricante de turbos americana BorgWarner, essa é “uma característica definida pelas montadoras que desenvolvem soluções diferentes de acordo com a sua estratégia de powertrain”.
Nossa, que fino
Outra característica de muitos motores turbos é usar óleo menos viscoso, ou “mais fino”.
Isso permite que o fluido ofereça a menor resistência possível à árvore do turbocompressor, reduzindo as perdas mecânicas.
Esses óleos também possuem maior resistência à alta temperatura, para evitar a coqueificação – quando o óleo parado ao redor da árvore esquenta a ponto de “cozinhar”, perdendo suas propriedades.
Antigamente alguns carros preparados contavam até com um reservatório de óleo à parte, exclusivo para o turbo. Esse recurso, porém, foi deixado de lado em nome de um gerenciamento mais refinado e preciso da lubrificação e refrigeração do motor. (Quatro Rodas/Rodrigo Ribeiro)