Jornal do Carro
Por R$ 426.990, o novo Audi A6 chega com a missão de descontar o tempo perdido. O modelo estava defasado em relação ao Mercedes-Benz Classe E e ao BMW Série 5. Agora, recebeu inovações importantes, com destaque para a conectividade e a segurança, para voltar à briga.
Disponível na versão Performance, o sedã tem três telas na cabine. A do painel virtual é de 12,3”. A central multimídia ganhou tela sensível ao toque. Bem intuitiva e rápida, traz monitor de 10,1”. Há conexão com smartphones da Apple, via CarPlay, por meio de wi-fi. Para o sistema Android Auto, ainda é preciso usar cabo.
A terceira tela, abaixo da principal, tem 8,6” e comanda o ar condicionado. O A6 tem câmeras 360º e, opcionalmente, o Night Vision, que projeta com nitidez imagens captadas à noite no quadro de instrumentos.
O sistema semiautônomo de condução agora funciona a qualquer velocidade. Nos Audi mais antigos, a máxima para o recurso ser usado é 65 km/h. O Pre Safe prepara o carro para iminentes impactos, ou para reduzir
os danos a motorista e passageiros caso o acidente ocorra. O recurso atua em parâmetros como aumento da força do cinto de segurança e acionamento na frenagem de emergência.
Os faróis full-LEDs Matrix adaptam o facho de luz quando um carro vem na direção contrária. Na prática, de acordo com a Audi, dá para usar sempre o farol alto à noite, pois o sistema vai adaptá-lo automaticamente, para não atrapalhar outros motoristas. Opcional, a tecnologia custa R$ 13 mil.
O destaque visual é a grade hexagonal, sem cromados. O porta-malas, com 530 l, tem abertura elétrica. Alto, promove boa acomodação de bagagens.
O sedã ganhou 1,2 cm de entre-eixos (são 2,92 metros) e oferece uma boa e luxuosa vida a dois passageiros do banco de trás. Cada um conta com um comando individual para o ar-condicionado (que tem quatro zonas de temperatura). Já quem vai no meio sofre com o túnel central alto demais.
O acabamento bem feito inclui couro, alumínio, fibra de carbono e black piano. Os bancos confortáveis e com bom suporte lateral têm comandos elétricos. Achar a boa posição de dirigir é fácil. O ponto fraco é o ajuste de altura e profundidade do volante, que é manual.
Mecânica
O motor 3.0 V6 perdeu o compressor mecânico. Agora, é apenas turbo. Além de ganhar 7 cv (tem 340 cv), passou a entregar torque máximo a partir de 1.370 rpm – antes, a força total surgia a mais de 3.000 rpm.
As acelerações ficaram mais vigorosas. O sedã vai de 0 a 100 km/h em 5,1 segundos. Ele ganha velocidade com facilidade, especialmente no modo de condução Dynamic, o mais esportivo, que adapta motor, câmbio e auxílio à direção para entrega de respostas mais apimentadas.
A tração é 4×4 por demanda (distribui força entre os eixos conforme necessidade). A suspensão independente filtra bem as imperfeições do solo sem deixar o carro anestesiado. Quem está ao volante até sente o impacto, mas não de maneira incômoda. (Jornal do Carro/Rafaela Borges)