Agência Brasil
De acordo com avaliação do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, a infraestrutura brasileira pode se beneficiar de um movimento de redução das taxas de juros globais. Segundo o ministro, a queda nos juros faz com que os investimentos na infraestrutura brasileira sejam mais atrativo.
No entanto, para que isso aconteça, é essencial que o país continue apresentando projetos “organizados, sofisticados” e dentro de uma estratégia bem planejada.
“Estamos em um momento extremamente interessante e favorável, em que o mundo vem encolhendo e desacelerando. Isso, para nós, representa uma oportunidade. A desaceleração acontece por motivos como polarização política, envelhecimento da população, a guerra comercial. No final das contas isso tem provocado uma resposta das economias centrais por meio da redução das taxas de juros. E, como consequência, nossos projetos [para o setor de infraestrutura] acabam ficando muito atrativos”, disse ontem o ministro durante o 1º Seminário de Competitividade do Setor de Infraestrutura, na sede do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), em Brasília.
Foco no aumento de projetos
A fim de aproveitar essa oportunidade, Freitas tem cobrado “esmero” de sua equipe, no sentido de “estabelecer e construir os melhores projetos”. Segundo ele, o retorno tem sido excelente.
“O que temos ouvido [dos investidores estrangeiros] é que os projetos estão organizados e sofisticados. Mas o mais importante é que não se trata de um set list de projetos; de um conjunto de projetos aleatoriamente escolhidos. São projetos com poder de transformar a logística e a infraestrutura. Assim, vão atingir em cheio nossos objetivos estratégicos e nossa política de estrutura. Vão atuar no rebalanceamento e reequilíbrio da matriz porque teremos participação maior dos modos ferroviário e hidroviário, com crescimento da navegação de cabotagem”, argumentou.
A expectativa do ministro é a de fazer vários leilões até 2022, para repassar à iniciativa privada diversos empreendimentos. Segundo Freitas, estão nos planos 41 aeroportos; mais de 16 mil quilômetros de rodovias; mais de 3 mil quilômetros de ferrovias; “dezenas” de arrendamentos portuários, além da desestatização de companhias docas. (Agência Brasil)