Ajustes em ônibus flex elétrico da Volks aumentaram autonomia de veículo, diz montadora

Diário do Transporte

 

Ajustes no ônibus com tração elétrica e-Flex, da Volkswagen, fizeram com que as baterias pudessem ter mais autonomia, de acordo com a montadora.

 

O veículo ainda está em testes.

 

Em nota, a fabricante diz que este aumento foi possível após uma calibração que aumentou a recuperação de energia de frenagem, superando agora os 40%.  Alguns componentes foram reposicionados.

 

“Desde sua primeira apresentação na IAA na Alemanha em 2018, melhorias e ajustes na calibração maximizam a recuperação de energia de frenagem, que agora supera os 40% e tem potencial para gerar uma autonomia adicional aos 200 quilômetros previstos por seu conjunto de baterias de íon de lítio. Também traz o sistema de arrefecimento do conjunto para maior durabilidade, além de alterações no posicionamento de componentes para maior eficiência.” – diz a nota.

 

As novidades foram apresentadas no evento Innovation Day, do Grupo TRATON, na Suécia, que ocorreu na semana passada.

 

O Grupo TRATON reúne a marca RIO (de tecnologia) e as montadoras MAN, VWCO -Volkswagen Caminhões & Ônibus e Scania.

 

Segundo a nota da VWCO, a tecnologia permite que o mesmo ônibus opere com diferentes formas de tração, como elétrico puro carregado em estações externas e híbrido com um pequeno motor a combustão que gera energia para o motor elétrico bicombustível, mas não movimenta o ônibus. Este motor a combustão pode inclusive ser a gás natural e biometano (gás gerado na decomposição do lixo).

 

“Este ônibus tem configuração modular e flexível que possibilita que em único modelo se contemple todas as variantes da mobilidade elétrica. Pode rodar como um veículo puramente elétrico no conceito plug-in ou se valer de um conjunto gerador propelido por um dos mais eficientes motores bicombustíveis do mundo, o VW 1.4 TSI Flex – ou sua versão para gás natural ou biometano 1.4 TGI –, para alimentar o motor elétrico. Isso permite também uma autonomia estendida e facilita sua adoção em regiões com infraestrutura de recarga ainda em desenvolvimento.”

 

Ainda na nota, a Volkswagen Caminhões e Ônibus diz que sensores eletrônicos selecionam de forma automática o melhor modo de tração de acordo com a condição operacional de cada momento, não havendo assim perda de desempenho.

 

“Dessa forma, pode atuar como veículo elétrico a bateria (BEV, na sigla em inglês); híbrido elétrico (HEV); híbrido elétrico plug-in (PHEV); e veículo elétrico com autonomia estendida (REEV). A performance se mantém independentemente da forma de alimentação das baterias. Todo o acionamento ocorre de forma inteligente e automática pelo sistema eletrônico do veículo assim que este detecta o nível de carga das baterias previamente programado.”

 

O presidente e diretor-executivo, da Volkswagen Caminhões e Ônibus, também membro do conselho da TRATON, Roberto Cortes, disse que um dos objetivos do desenvolvimento do veículo é reduzir os custos de operação e manutenção.

 

“Desenhamos um veículo que antevê os desafios de sua implementação e já traz em seu projeto as respostas necessárias, como nível de zero emissões em zonas verdes de restrição, e a própria questão da infraestrutura em desenvolvimento. Estamos cumprindo nossa missão de ajudar a moldar a indústria de transportes do futuro com veículos que proporcionam um custo operacional otimizado e retorno rápido do investimento”

 

A Volks também informou que muitos dos dados captados nos testes e desenvolvimento do caminhão elétrico e-Delivery foram usados para o aperfeiçoamento do ônibus. (Diário do Transporte/Adamo Bazani)