AutoIndústria
Mais uma marca de carros esportivos e de luxo está se rendendo à eletrificação. A tradicionalíssima italiana Maserati confirmou nesta quinta-feira (27) que fabricará diversos modelos híbridos e elétricos a partir do ano que vem.
Alguns serão atualizações da atual gama com a opção de powertrain híbrido, mas a empresa terá um novo esportivo 100% elétrico – a exemplo da Porsche, que apresentou o Taycan no último Salão de Frankfurt – e um novo utilitário esportivo de médio porte, abaixo do Levante, lançado no ano passado om motor a combustão.
Em junho do ano passado, Sergio Marchionne, então CEO da FCA, detalhou o plano estratégico da empresa para os próximos cinco anos. Uma das principais diretrizes era exatamente a destinação de € 9 bilhões para o desenvolvimento de veículos híbridos e elétricos em todas as marcas do grupo e, até 2021, o fim dos motores a diesel nos automóveis que a FCA produz e vende especialmente na Europa.
O novo esportivo da Maserati, antecipou a montadora, sairá da fábrica de Modena. A planta está recebendo investimentos e alterações para montar o powertrain elétrico. Os puristas, porém, podem ficar aliviados: até antes da versão elétrica, o futuro modelo terá opção com motor a gasolina, que será lançada já no próximo ano.
O utilitário esportivo estará à venda em 2021, com produção concentrada na fábrica da FCA em Cassino, região central da Itália. Atual base produtiva de outro SUV, o Alfa Romeo Stelvio, a unidade, assim como Modena, ganhará uma nova linha de montagem no valor estimado de € 800 milhões e com inauguração prevista para o final do primeiro trimestre de 2020. Os primeiros carros da pré-série deverão sair da linha até 2021.
A Maserati revelou ainda que seu primeiro híbrido será o sedã Ghibli, no mercado já em 2020 e produzido em Turim. A marca também substituirá os atuais cupê Granturismo e o GranCabrio conversível por nova geração, igualmente com opções eletrificadas e fabricado em Turim, que também recebe adequações da ordem de € 800 milhões.
No total, a FCA está investindo € 5 bilhões em projetos de eletrificação apenas nas instalações fabris e produtos italianos. (AutoIndústria)