Olhar Digital/Digital Trends
O número de crianças que morreram dentro de um carro por insolação cresceu nos últimos anos. Somente nos Estados Unidos, em 2018, 53 crianças morreram dessa forma. Este ano, 24 casos já foram registrados. Isso ocorre por falta de atenção de pais que, depois de desligar o motor do carro, esquecem o filho, geralmente dormindo, no banco de trás. Devido aos índices alarmantes, as principais montadoras disseram que vão instalar um sistema de lembretes nos bancos traseiros dos próximos automóveis, até 2025.
Nesta semana, a Auto Alliance e a Associação de Montadoras Globais prometeram, junto de signatários como Volkswagen, Ford, Honda, General Motors, Hyundai e Toyota, a começar a implantar o sistema. Algumas já instalaram a tecnologia em alguns de seus veículos.
O sistema da General Motors, por exemplo, opera monitorando as portas traseiras do veículo e será ativado quando uma delas for aberta ou fechada pouco antes do motorista ligar o motor. Após o motor ser desligado, o veículo emite cinco bipes e exibe uma mensagem no painel dizendo: “Lembrete do assento traseiro” ou “olhar no assento traseiro”, solicitando ao motorista (pai ou mãe da criança) que verifique o banco traseiro.
Outros sistemas utilizam sensores ultrassônicos capazes de detectar movimentos, enviando um alerta para o smartphone do motorista e tocando a buzina se ele perceber algum movimento no banco traseiro após o desligamento do carro. A Auto Alliance afirmou que embora a tecnologia de lembrete possa variar entre as montadoras, quaisquer sistemas futuros oferecerão avisos claros ao motorista, uma combinação de alertas auditivos e visuais após o desligamento do motor.
“Os fabricantes de automóveis têm buscado explorar maneiras de abordar esta questão de segurança e este compromisso ressalta com inovações e um aumento de consciência para ajudar as crianças”, disse David Schwietert, presidente interino e CEO da Auto Alliance. “As montadoras se uniram para desenvolver um caminho que não apenas incorpora os sistemas existentes, mas também suporta abordagens inovadoras”, concluiu. (Olhar Digital/Rafael Rigues/Digital Trends)