AutoIndústria
Com quase 1/3 da sua produção de motores diesel destinado à Ford Caminhões, a Cummins adotou estratégia de ampliar negócios em outros áreas e também suas exportações para não perder receita este ano em função da decisão da montadora de encerrar suas atividades no País.
O presidente da Cummins Brasil e vice-presidente da Cummins Inc., Luiz Pasquotto, admite que haverá queda de quase 20% na produção de motores diesel – de 42 mil para 34 mil unidades – mas espera faturamento similar ao do ano passado agora em 2019.
“Estamos reacomodando nossos negócios”, diz o executivo. “A MAN, por exemplo, absorveu parte da produção de motores. Além disso, estamos ampliando vendas para outros segmentos automotivos, como o fora de estrada, assim como em outras áreas, como a de geradores de energia. Sem contar que passamos a exportar mais peças, como blocos e cabeçotes, para outras unidades da Cummins no mundo”.
Pasquotto pondera que no mercado interno de caminhões outros fabricantes vão acabar absorvendo as vendas que deixarão de ser feitas pela Ford. “A notícia sobre a decisão da Ford Caminhões de suspender produção em São Bernardo do Campo (SP) foi impactante, mas não é o fim do mundo”, fez questão de frizer o presidente da Cummins.
Durante apresentação nesta quinta-feira, 25, do novo grupo gerador B3.3 e missionado em Guarulhos (SP), o executivo deixou claro que a empresa não pretende abandonar o diesel. “Esse combustível ainda tem muito potencial. Nosso papel é melhorar a eficiência energética visto que com a introdução do Euro 6 as emissões serão ainda mais reduzidas”.
A decisão de “não abandonar o diesel” é uma estratégia mundial e local da companhia. Segundo Pasquotto, haverá espaço para a eletrificação, o motor diesel e também as soluções híbridas, com nichos específicos para cada um. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)