Com quase 5 mortes por dia, região metropolitana de SP lidera o ranking de fatalidades no trânsito no 1º semestre de 2019

Diário do Transporte

 

Os dados do Infosiga SP, sistema de dados do Governo de São Paulo sobre acidentes de trânsito, apontam que no primeiro semestre de 2019 o Estado de São Paulo registrou o menor número de fatalidades desde o início da série histórica.

 

Foram registradas 2.593 ocorrências, redução de 2% na comparação com 2018 (2.645). Quando comparado ao primeiro semestre de 2015, a redução chega a 20,6%.

 

A maioria dos acidentes fatais (51,1%) ocorreu em ruas e avenidas da área urbana. As rodovias respondem a 44,1% do total, enquanto em 4,6% dos casos não foi possível identificar com precisão o local do acidente.

 

Como vem se repetindo há tempos, o número de vítimas no trânsito é alto entre jovens com idade entre 18 e 29 anos: um em cada quatro casos (24,4%). Os homens representam 81,3% das fatalidades, com os acidentes se concentrando nos finais de semana (45,1%) e no período noturno (52,6%). As colisões contra outros veículos é o principal tipo de acidente (38,6%). Em 56,8% dos acidentes, o condutor é a vítima.

 

Regiões

 

No ranking de regiões mais perigosas encontra-se a Grande São Paulo.

 

Em levantamento feito pelo “Respeito à Vida”, programa do Governo de São Paulo responsável pelo Infosiga SP, destaca-se a região metropolitana da Capital, que sozinha concentra um terço do total de fatalidades no trânsito do Estado (32,8%). São 850 ocorrências fatais no primeiro semestre, o que representa quase 5 mortes por dia no trânsito das 39 cidades que compõem a RMSP.

 

Na sequência, aparecem as regiões de Campinas (432 óbitos, 16,7% do total), Sorocaba (217 óbitos, 8,4% do total), São José dos Campos (182 óbitos, 7% do total) e Santos (138 óbitos, 5,3% do total).

 

Pedestres: Idosos são as maiores vítimas

 

No caso de mortes entre pedestres, os dados são positivos: entre janeiro e junho deste ano houve queda de 9,5%, com 675 casos registrados em todo o Estado (746 em 2018). Em junho, foram 130 mortes. Os idosos com mais de 60 anos de idade continuam sendo as principais vítimas dos atropelamentos, uma em cada três.

 

Os motociclistas seguem liderando as estatísticas no Estado e correspondem a 35% das vítimas. Apesar das 913 fatalidades, houve leve redução (0,9%) na comparação com o ano passado (921 casos). Diferente dos pedestres, a maior parte das vítimas são jovens com idade entre 18 e 24 anos (41,8% dos casos). No mês de junho, foram 178 mortes, redução de 3,3% (184 casos em 2018).

 

Ocupantes de automóveis aparecem terceiro lugar nas estatísticas, com 638 mortes, aumento de 7% na comparação com 2018 (596 ocorrências).

 

As rodovias abrigam o maior número de acidentes fatais (64,3% dos casos) que acontecem na maior parte das vezes durante a noite (53,8%). Em 63,5% dos casos a vítima é o próprio condutor do veículo.

 

O número de ciclistas mortos no trânsito teve leve redução (-3,4%) no primeiro semestre com 197 casos neste ano contra 204 no mesmo período do ano passado, isso em todo o estado. Os acidentes estão concentrados em vias municipais (59,9%) e vitimam principalmente homens (92%). O principal tipo de acidente é a colisão contra outros veículos (72% dos casos) e o automóvel está presente em 51,4% das ocorrências.

 

Capital

 

Na cidade de São Paulo os dados do Infosiga apontam crescimento do número de mortes no trânsito – 189 óbitos, dois a mais do que no 1º semestre de 2018.

 

A Zona Leste concentra as vias mais perigosas, lideradas pela Jacu Pêssego, com seis vítimas fatais. A seguir vem a avenida Imperador, a São Miguel, a Ragueb Chohfi e a Sapopemba.

 

Quatro em cada dez pessoas atropeladas na capital tinham idade superior a 60 anos; foram 74 casos de óbitos no trânsito envolvendo idosos.

 

A morte de ciclistas no trânsito da capital aumentou, ao contrário da redução que houve em todo o estado. Entre janeiro e junho foram 22 mortes de ciclistas, número 69,2% superior ao mesmo período de 2018 (13 óbitos). (Diário do Transporte/Alexandre Pelegi)