Sincodiv/Fenabrave oferece assessoria jurídica e qualicação para as concessionárias

Jornal do Comércio-RS

 

O aumento de veículos híbridos e elétricos, além dos compartilhados, é uma realidade que já está sendo considerada entre as concessionárias de automóveis. As entidades representativas do setor procuram manter atualizadas as pesquisas na área para que os resultados sirvam de ferramentas de gestão e marketing de vendas, além de embasarem pesquisas sobre o perfil do cliente.

 

Presente em 494 municípios, o Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos no Estado do Rio Grande do Sul (Sincodiv-RS), congrega empresas do setor automotivo e tem como principal objetivo a defesa dos direitos e interesses da rede de distribuição administrativa e judicialmente. O sindicato representa a categoria nas relações laborais e na manutenção da saúde do negócio.

 

Um dos focos da entidade, explica o presidente Fernando Esbróglio, é a qualificação dos quadros funcionais das concessionárias. “Hoje, o cliente chega a uma loja sabendo muito sobre o que quer comprar. O vendedor tem que ser assertivo”, explica Esbróglio, que também preside o escritório regional da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (FenabraveRS). A entidade vem promovendo para os seus associados cursos que vão desde administração do tempo, passando por gestão, até os novos conceitos de neurovendas e neuromaketing.

 

Conforme explica o presidente, o ambiente virtual deu ao cliente as informações que antes ele buscava na loja física. Os conceitos que envolvem a neurovendas permitem a criação de ferramentas de comunicação com cliente, propiciando qualificação para a indicação do produto que melhor se enquadre no seu desejo ou necessidade. Entender a decisão de compra do consumidor passou a ser uma decisão ainda maior para as equipes de vendas, que se valem do uso de técnicas e tecnologias aplicadas para desvendar desejos subconscientes que direcionam a decisão.

 

“Nossa entidade pensa além. Avançamos neste campo, ao mesmo tempo em que mantemos a assessoria jurídica e as ações coletivas”, observa o dirigente, ao destacar a complexidade de legislação tributária e fiscal às quais são submetidos os empresários. “É um emaranhado de leis. E excessivas”, observa, ao lembrar que outra queixa do setor são os impostos. “O nosso IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) está entre os mais caros do Brasil, o que inibe as compras”, diz.

 

A entidade patronal representativa de 51 associações de marcas de automóveis, caminhões, ônibus, implementos rodoviários, tratores, máquinas agrícolas e motocicletas, mantém uma vigilância permanente nos direitos dos seus associados, atuando nas relações trabalhistas com os empregados. O presidente observa a importância de uma participação sindical forte, especialmente em função das alterações da legislação trabalhista a partir de novembro de 2017.

 

De acordo com o presidente, o corpo associativo diminuiu, assim como a arrecadação das entidades, tanto patronais quanto de trabalhadores. “Não somos contra a não obrigatoriedade de recolhimento da contribuição sindical. Mas há um equívoco dessas empresas que deixaram de contribuir. Muitos entenderam que não precisam. Mas precisam, podem e devem, porque é para o próprio benefício. Quem não contribui deixa de ser representado. Em várias ações coletivas judiciais, o juiz nos pede a relação dos autores, para excluir o empresário que não contribui daquele direito conquistado coletivamente”, alerta.

 

Mais do que uma compra, aquisição de carro é uma experiência, diz Esbróglio

 

O Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos no Estado do Rio Grande do Sul (Sincodiv-RS), e a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave-RS) estão sempre alertas para a possibilidade das compras de carro migrarem das lojas para a internet, processo comum em países como os Estados Unidos. “Hoje é perto de zero”, diz o presidente Fernando Esbróglio, ao citar o índice brasileiro, que, dificilmente”, segundo ele, será alterado no futuro. Esbróglio não acredita que a tendência de compras no ambiente virtual para produtos como celulares, vestuário e calçados possa ser estendida para o setor de automóveis.

 

Para o presidente, um automóvel não é uma commodity. “A compra de um carro é mais do que uma aquisição, é uma experiência. O brasileiro é visual e tátil para comprar um carro. Ele precisa vivenciar isso na loja”, arma. O uso da internet aumentou, sim, o conhecimento pelo produto. De acordo com a entidade, de todas as pessoas que vão às revendas de automóveis, 80% buscaram previamente informações na internet. Os 20% restantes, geralmente, são pessoas de mais idade, que usam bem menos a internet. Para o futuro, a entidade prevê o aumento de veículos locados. Já estão sendo desenvolvidos estudos para balizar as concessionárias na atuação da tendência de compartilhamento. (Jornal do Comércio-RS/Caren Mello)