Motor 1
Ao contrário das tendências de hoje, onde eficiência enérgica e qualidade tecnológica são motivos de disputa entre grandes montadoras, o início deste século foi marcado pela guerra de desempenho. Várias marcas apostaram no lançamento de modelos preparados de fábrica e, no caso da Volkswagen, o emblemático Beetle RSi é um dos mais lembrados até hoje. O modelo foi lançado no ano de 2001 como edição de tiragem limitada (apenas 250 unidades foram produzidas) e hoje é tão valioso que ganhou fama como “o Fusca mais caro da história”. Exemplares são negociados a peso de ouro entre entusiastas e, dependendo do caso, podem alcançar o preço de US$ 80 mil (cerca de R$ 312 mil numa conversão simples).
Informações da época indicam que, antes de chegar ao mercado, o Beetle RSi foi apresentado como protótipo nos Salão de Detroit, nos Estados Unidos, e posteriormente no Salão de Genebra, na Suíça. No visual, chamava atenção o pacote aerodinâmico composto por saias laterais, a carroceria sempre na cor prata, para-choques exclusivos, spoiler instalado acima da vigia e uma chamativa asa na tampa do porta-malas que ajudava a manter a traseira colada no chão. Por sua vez, o interior contava com revestimentos em fibra de carbono nas portas e detalhes do painel, teto e colunas revestidos de Alcantara, bancos Recaro do tipo concha, quadro de instrumentos com novos grafismos, entre outras modificações.
Sob o capô, o conhecido motor 3.2 VR6 rende 225 cv a 6.500 rpm e 32,6 kgfm de torque a 3.000 rpm. O câmbio era sempre manual de 6 marchas, com tração integral 4Motion. Dados de fábrica indicavam aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 6,4 segundos e 220 km/h de velocidade máxima. As 250 unidades produzidas (todas devidamente numeradas) foram vendidas unicamente na Europa, mas com o passar dos anos se espalharam pelo mundo. Há relatos de exemplares rodando nos Estados Unidos e até na América do Sul. (Motor 1/Dyogo Fagundes)