Reforço pontual para Ka e EcoSport

AutoIndústria

 

Oficialmente, a Ford completou 100 anos no Brasil em 24 de abril último. Naquele mesmo dia de 1919 fora autorizado o início da operação brasileira para a montagem de veículos em regime CKD em pequeno galpão na rua Florêncio de Abreu, Centro de São Paulo.

 

A data ainda está sendo comemorada pela montadora, ainda que o ano do centenário ficará marcado mesmo pelo encerramento das atividades da fábrica de São Bernardo do Campo (SP) após 52 anos.

 

Mas vale tudo para atenuar o impacto da decisão – que resultará na dispensa de cerca de 3 mil funcionários e no fim de produção dos caminhões e do Fiesta – e polir a imagem da marca, que tem visto sua participação recuar no mercado interno. Quarta colocada em 2018, é a quinta no acumulado dos cinco primeiros meses de 2019 e caiu para o sétimo lugar em maio.

 

A mais recente ação nesse sentido é o lançamento de série especial do Ka e do EcoSport exatamente em comemoração aos 100 anos de Brasil. Serão 1 mil unidades do hatch e 500 do utilitário esportivo. O Ka 100 anos tem preço sugerido R$65.990,00 e o EcoSport 100 anos, R$89.990,00.

 

Nenhuma grande alteração a não ser mesmo aspectos cosméticos. Ambos contam com o conhecido com motor 1.5 Ti-VCT e câmbio automático de seis velocidades.

 

A carroceria é pintada na cor azul Belize e tem detalhes em preto. Emblemas prateados nas laterais e a bandeira do Brasil estilizada ao lado do número 100 identificam a série. No interior, destaque para o acabamento exclusivo dos bancos, painel e teto pretos e a central multimídia SYNC 2.5 com tela flutuante de 7 polegadas.

 

As séries especiais chamam a atenção para os dois principais automóveis da Ford no Brasil nos últimos anos e que, com o fim de importação do Focus e da produção do Fiesta, naturalmente manterão essa condição nos próximos também.

 

Fabricados em Camaçari (BA), eles representaram 65% das vendas da marca no mercado interno de janeiro a maio. Caso considerado ainda o Ka Sedan, a participação é de mais de 85% do total de 86,4 mil veículos negociados no período, equivalentes à participação de 8,3% e à quinta posição no ranking.

 

Mas até essa colocação está sob forte ameaça. A Toyota negociou apenas 500 veículos a menos no acumulado do ano e já tem 8,2% dos licenciamentos. A Hyundai, que no segundo semestre lançará a nova geração do HB20, concorrente direto do Ka, somou 82,9 mil emplacamentos no mesmo período e está com 8%. (AutoIndústria/George Guimarães)