O Estado de S. Paulo
A França buscará proteger empregos locais e obter outras garantias em troca do apoio à proposta de fusão das montadoras Renault e Fiat Chrysler, segundo Bruno Le Maire, ministro das Finanças do país.
Le Maire disse que o plano é uma boa oportunidade tanto para a Renault quanto para a indústria automotiva europeia, há anos com excesso de capacidade e demanda moderada.
Ele acrescentou, porém, que o governo francês buscará quatro garantias em troca de apoio a um acordo que reduzirá sua participação de 15% na Renault para 7,5% na empresa combinada. “O primeiro: empregos e instalações industriais. Eu disse ao presidente da Renault muito claramente que era a primeira das garantias na abertura dessas negociações. Uma garantia sobre a preservação de empregos e fábricas na França”, afirmou Le Maire.
Segundo ele, a França quer estar bem representada no conselho da nova empresa, para ser líder no desenvolvimento de baterias elétricas e para que o acordo ocorra “no âmbito da aliança entre a Renault e a Nissan”.
Uma fonte familiarizada com o assunto disse que a Renault e a FCA assumiram compromissos sobre a manutenção de empregos industriais e locais, deixando espaço para demissões de funcionários administrativos e de engenharia, bem como redução de estrutura fabril.
Já o presidente do conselho da Renault, Jean-Dominique Senard, chegou ontem ao Japão para discutir a proposta com sua parceira de aliança, a Nissan, para a fusão igualitária de US$ 35 bilhões. /
“(Pedi) uma garantia sobre a preservação de empregos e fábricas na França”, Bruno Le Maire. Ministro das Finanças da França. (O Estado de S. Paulo)