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Aumentar a vida útil dos pneus automotivos. Esse é o objetivo da nova tecnologia desenvolvida pela multinacional Pirelli, em parceria com o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), unidade credenciada da EMBRAPII (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial). O setor automotivo no Brasil representa 22% do PIB industrial e somente a indústria produtora de pneus é responsável por cerca de 24,2 mil empregos diretos e por mais de 100 mil empregos indiretos, de acordo com a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos – ANIP.
Novas tecnologias são, portanto, essenciais para alavancar ainda mais o segmento, gerando oportunidades e crescimento para o país. O projeto cria uma substância (material particulado e microencapsulado) que funcionará como um aditivo para ser inserido na borracha durante a etapa de fabricação. Ele terá a capacidade de regulação térmica evitando que os pneus atinjam níveis excessivos de calor provocando seu desgaste precoce.
Atualmente, o projeto está em fase de testes para avaliação de desempenho e, assim que as etapas forem concluídas, deve entrar no mercado para comercialização. De acordo com o pesquisador Renato Gavioli, do IPT, ampliar o tempo de vida útil dos pneumáticos é uma inovação muito importante para a indústria automobilística. “O projeto pode trazer ganhos relevantes para a durabilidade dos componentes e a parceria com a EMBRAPII foi decisiva na viabilização deste projeto”, afirma.
O projeto será uma das atrações da EMBRAPII no 8º Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria, em 10 e 11 de junho, no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center, zona Sul da capital paulista (http://www.congressodeinovacao.com.br/).
Investimento no modelo EMBRAPII
A EMBRAPII (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), organização vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, tem um modelo próprio de investimento em projetos de PD&I (Pesquisa Desenvolvimento e Inovação) que visa a atender a demanda da indústria.
Empresas que possuem um projeto avaliado como inovador devem se associar a uma das 42 unidades credenciadas existentes no país. Caso o projeto seja aprovado, após avaliação técnica, os gastos para o desenvolvimento são divididos em três partes. A EMBRAPII fica responsável por um terço do investimento, a unidade disponibiliza mão de obra e equipamentos e a empresa financia o restante.
O diretor-presidente da EMBRAPII, Jorge Guimarães, afirma que o modelo adotado pela organização permite rapidez, flexibilidade e burocracia zero para a viabilização de ideias inovadoras. “Grande parte das nossas empresas não têm centros de pesquisas próprios, por isso, muitas das que desejam inovar, vão buscá-los fora do país”, afirma. “Estamos mudando isso, o papel da EMBRAPII é unir a indústria e a Academia. Nossas unidades são capacitadas a atender a diversos setores industriais e contribuem para ampliar a competitividade das empresas nacionais”. (TN Petróleo)