Renault avalia novo ciclo de investimento no País

AutoIndústria

 

Com operação em três turnos na fábrica de São José dos Pinhais (PR) e produzindo quase no limite de sua capacidade, a Renault avalia no momento um novo ciclo de investimento no País. A empresa registra crescimento de 18% nas vendas este ano, ante a média de 8% de expansão do mercado de automóveis e comerciais leves, e quer continuar ganhando participação neste e nos próximos anos.

 

Ao participar do lançamento da versão Outsider do Kwid na terça-feira, 14, à noite, o presidente da Renault do Brasil, Ricardo Gondo, disse que a empresa estava esperando as definições do Rota 2030 para definir novo aporte no País. Ele não adiantou exatamente quando será feito anúncio nesse sentido, mas deixou claro que ocorrerá este ano.

 

“Concluímos o ciclo de R$ 3,2 bilhões para o período 2014/2018 e agora estamos avaliando os próximos passos”, comentou o executivo, admitindo que a fábrica do Paraná e está operando praticamente no limite e para crescer é preciso investir.

 

Sobre a crise na Argentina, que vem afetando as exportações brasileiras, e a própria situação do Brasil, que deverá ter alta do PIB em índice bem abaixo do previsto inicialmente, Gondo garantiu que questões momentâneas não afetam decisão de novos investimentos: “Nossa análise é de médio e longo prazos. O potencial do mercado brasileiro é maior do que o consumo atual”.

 

A montadora produziu perto de 300 mil veículos no ano passado, dos quais mais de 215 mil foram comercializados internamente. No primeiro quadrimestre deste ano suas vendas no Brasil atingiram 70,5 mil unidades, com participação recorde de 8,8% e a quarta colocação no ranking das marcas de automóveis e comerciais leves mais vendidos no Brasil.

 

“Desde 2010 estamos crescendo acima da média do mercado e pretendemos manter esse mesmo ritmo agora em 2019”, destacou o presidente da Renault, sem citar metas de volume de vendas e participação no acumulado do ano.

 

Ele também não disse em quanto a empresa pretende ampliar a oferta do Kwid a partir do lançamento da versão Outsider. Adiantou, apenas, que a nova versão deverá representar entre 15% e 20% do total dos licenciamentos do compacto a partir de agora.

 

Gondo confirmou que a opção Outsider será exportada para a Argentina, Colômbia e México, mercados que já recebem as demais versões do Kwid. Sobre a crise do mercado argentino, o executivo admitiu queda de 40% nas exportações para lá. Mas garantiu que isso não chegou a afetar a produção graças ao bom desempenho da marca no mercado brasileiro. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)