O Estado de S. Paulo
A Petrobrás vai priorizar os funcionários que estão próximos da aposentadoria em seu programa de demissão voluntária (PDV), aprovado pelo conselho de administração em reunião realizada ontem.
Como antecipado pelo Estadão/Broadcast no início do mês, o programa já tinha sido aprovado pela diretoria e aguardava apenas o aval do colegiado. Ainda em fevereiro, em reunião com funcionários em São Paulo, o gerente executivo de Recursos Humanos da empresa, Claudio Costa, falou sobre o programa e causou polêmica ao anunciar as transformações internas em curso, como a entrega de alguns prédios, entre eles, o de São Paulo.
A expectativa com o PDV é de retorno de R$ 4,1 bilhões até 2023, com a adesão de 4,3 mil empregados. O custo estimado é de R$ 1,1 bilhão.
“O programa tem por objetivo promover a renovação nos quadros da companhia quando for identificada essa necessidade. Seu regramento prevê também ações para retenção em processos-chave, de modo a garantir a continuidade das operações e a máxima segurança na execução das atividades da companhia”, informou a empresa em comunicado ao mercado.
A economia que a empresa vai alcançar com o programa dependerá do nível de adesão dos funcionários. Por enquanto, não foram informadas as condições e possíveis vantagens que serão oferecidas aos empregados. O PDV faz parte do programa de redução de custos da Petrobrás, batizado de plano de resiliência, anunciado pela petroleira em março.
“O efeito nas demonstrações financeiras ocorrerá à medida que as adesões se efetivarem”, acrescentou a empresa.
A Petrobrás possui 62,7 mil funcionários próprios, um número reduzido frente aos 78,5 mil de 2015, após sucessivos programas de demissão voluntária. (O Estado de S. Paulo/Fernanda Nunes)