Caoa projeta comprar R$ 2,9 bilhões em itens produtivos este ano

AutoIndústria

 

O Grupo Caoa ampliou de 92 para 101 o número de fornecedores locais ao longo do último ano, passando a contar com nove novos parceiros para atender as operações da Chery em Anápolis, no interior de Goiás. São eles a Bosch, Aptiv, Castrol, Continental, Eqmax, Sulfix, Moura, Coplac e Pancron.

 

A informação é do diretor executivo de serviços compartilhados da Caoa, Ivan Witt, ao revelar intenção de compra no valor de R$ 2,9 bilhões em itens produtivos este ano, o que representará crescimento de 123% em relação ao gasto de R$ 1,3 bilhão do ano passado. Além das compras ligadas à produção, o grupo desembolsará mais R$ 281 milhões na aquisiçzão de itens indiretos em 2019.

 

Dos R$ 2,9 bilhões em compras produtivas programados para este ano, será destinado valor de R$ 1,23 bilhão para a Hyundai (43%) e R$ 1,66 bilhão para a Caoa Chery (57%). No ano passado, os índices de participação das duas marcas nas compras do grupo foram invertidos. Do total de R$ 1,3 bilhão, R$ 997 milhões – ou 72% – foram para Hyundai e R$ 385 milhões (28%) para a Chery.

 

O índice de nacionalização da Caoa hoje é de 36% nos veículos Hyundai e de 11% nos modelos Chery. São 580 peças produzidas localmente no primeiro caso e 98 no segundo. Vale lembrar que o Grupo Caoa adquiriu 50% das ações da Chery nas operações brasileiras no final de 2017.

 

Witt, que na noite desta quinta-feira, 28, participou da 3ª Edição do Prêmio Melhores Fornecedores Caoa, disse que o grupo pretende continuar ampliando o índice de conteúdo local, mas a curva de crescimento deve ser menor do que a verificada durante o Inovar-Auto, que incentivava investimentos nesse sentido. “O Rota 2030 concentra-se mais em eficiência energética e segurança, por isso a nacionalização agora deve ocorrer de forma menos acelerada”.

 

Dentre os itens com potencial de fornecimento local para os produtos Chery, o gerente de compras, Julio Ishida, destaca rodas, bancos e chicotes elétricos. Peças plásticas e estampadas são difíceis de localizar porque os custos na China desses itens são altamente competitivos.

 

“Não é fácil para a base fornecedora local competir com os produtos chineses”, comenta Ivan Witt. Ele lembra que no caso dos sistemas multimídias, por exemplo, foi feito um acordo com fabricantes brasileiros para montagem em Manaus (AM) a partir de peças importadas da China.

 

Além dos nove novos fornecedores que passaram a entregar peças para a fábrica de Anápolis, outros sete que já atendiam o grupo começaram a fornecer também para a Chery em Jacarei, sendo que o grupo como um todo conta com onze fornecedores compartilhados. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)