Como definir o preço do seu carro na hora de vendê-lo

Diário da Região

 

Ao comprar um carro, seja zero km ou usado, se deve pensar em uma possível revenda. Adquirir um veículo que seja difícil vender futuramente gera uma complicação que deve ser evitada. Mas a partir do momento em que se decide vender seu carro, é importante definir o preço a ser cobrado, de forma que não seja abaixo do valor correto, para que não leve um prejuízo. “A pessoa deve fazer uma avaliação inicial tomando como princípio a Tabela FIPE e a Tabela MOLICAR, após consultar, entrar em sites de venda levando em conta a sua região, e filtrar pelos anúncios os carros iguais ao que está vendendo e tirar uma média entre maior e menor preço”, explica Cristian Scudero, proprietário da Scudero Veículos. Porém, ainda existem alguns fatores que podem alterar esta média. “Dentro disto existem algumas variações que podem alterar os valores, como pneus, primeiro dono, quilometragem”, alerta.

 

Quem deseja vender também deve se atentar a alguns fatores que podem influenciar no preço, podendo ser cobrado um pouco a mais. “Os fatores mais considerados, em primeiro lugar é a quilometragem, quanto menor, melhor será a venda. Primeiro dono também agrega valor na venda, e o estado do carro em revisões de agência. Carros batidos e com retoques depreciam o valor do carro”, comenta Scudero.

 

Também pode gerar dúvidas quanto a problemas do carro. Vale a pena arrumar antes de vender? Ou deve-se vender deixando o comprador consciente do que deve ser arrumado? “Os defeitos que valem a pena arrumar seriam fazer uma revisão na parte de freios, pneus, arranhões na pintura e parte de suspensão. Se você vende um carro pra uma pessoa por um valor, depois ela leva o carro em um mecânico, ela pode vir a exigir que você cubra esses defeitos, então pra você não ter esses eventuais problemas, o correto é fazer uma revisão”, explica Renato Bossa, proprietário do Centro Automotivo R2 Pneus.

 

Muitas pessoas podem usar artimanhas como “maquiar” alguns defeitos no veículo, principalmente em relação a arranhões ou riscos na pintura, o que é totalmente desaconselhado por Bossa. “Maquiar alguns problemas como riscos e arranhões não é aconselhável, porque a pessoa vai ver o carro bonitinho, mas daqui uns dias a “maquiagem” vai sair, e essa pessoa vai descobrir esses defeitos”.

 

Outra dúvida que surge no momento de vender o veículo é sobre pra quem vender. Realizar a venda em particular ou para uma garagem. Foi o caso de Milene Barreto Lima, que recentemente vendeu seu carro e buscou vender para uma pessoa particular, porém não obteve sucesso. “Primeiro tentei vender no particular, porque você consegue um valor mais alto, como não consegui pesquisei nas garagens. Mas todas as garagens cobraram um preço mais abaixo”, comenta.

 

Para sanar essa indecisão, Scudero afirma que a grande diferença ente as duas opções é a comodidade de negociação com lojistas. “Você vender para uma loja, ele vai pagar um valor abaixo de mercado justamente por assumir um carro que ele não conhece e ter essa garantia para estender para o consumidor. Então se você vender para um lojista, você não vai assumir a garantia do veículo”. Em relação a vender em particular, o vendedor afirma que a vantagem é em relação ao preço, que é maior em relação a venda para uma loja. “Pra pessoa vender para particular, ela tem a vantagem de vender o carro em um valor final, mas se tiver um problema de garantia ela tem que arcar com isso”.

 

Segundo Scudero, outro fator importante é o contrato da venda. Tanto em uma negociação entre consumidor e lojista, como entre consumidor e consumidor (venda para uma pessoa particular), deve-se fazer o contrato e deixar especificado itens como a garantia, para evitar dores de cabeça para as duas partes futuramente. (Diário da Região/Breno Maneizo)