Fenabrave defende menor tributação e sonha com montadoras no Estado do Mato Grosso

Olha Direto

 

O diretor regional da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores – Regional Mato Grosso (Fenabrave/MT), Paulo Boscolo, defendeu que Mato Grosso tenha uma menor tributação, como forma de atrair um maior número de empresas para o Estado, como forma de alavancar a economia, gerar empregos e auxiliar no enfrentamento da crise instalada. Além disto, afirmou sonhar com montadores se instalando na unidade da federação, o que traria inúmeros benefícios aos mato-grossenses.

 

“Estive presente em inauguração de novas lojas de vendas de veículos e percebemos a boa expectativa dos empresários que decidiram participar deste setor. A Fenabrave realizou muitos eventos neste ano, visitamos as principais regiões do Estado, foram mais de 1.500 funcionários do nosso setor atingidos. Fizemos também com sucesso o encontro regional, com participação de quase 400 pessoas, com palestras de alto alcance e interesse dos seguimentos que representamos”, disse Paulo em entrevista ao Olhar Agro & Negócios.

 

Paulo ainda comenta ter certeza que os representantes políticos enxergam a Fenabrave como um setor muito importante no Estado, por conta do número expressivo de vendas e da boa movimentação financeira que proporciona, além dos inúmeros empregos criados.

 

“Mato Grosso, há muito tempo, vem se mostrando um Estado com grandes clientes. Temos Rondonópolis, Nortão, região de Tangará da Serra, médio-norte. Temos sido destaque no país e esperamos que tenhamos crescimento na produção primária e também na industrialização da matéria-prima, para geração de emprego, aumento de capital. Estamos com um governo novo, acredito que Mauro Mendes tenha uma visão empresarial muito bem desenvolvida, acredito que irá conseguir trazer este nível de desenvolvimento para dar uma melhora na economia”, explicou o diretor regional.

 

Paulo ainda acrescentou que é preciso dar condições para que as empresas se interessem por Mato Grosso: “Qualquer marca ou indústria vai fazer a conta de quanto vai custar energia, combustível, entre outros. Isso tem que ser repensado. Até o ano passado, víamos o êxodo de empresas daqui. As de segmento de máquinas pesadas tinham sede em Mato Grosso e filiais em outros lugares para poder faturar as máquinas com um custo de ICMS menor que o nosso. Tivemos no governo passado a visão de que diminuindo a carga tributária, daríamos uma melhor condição aos empresários e maior arrecadação para o Estado. É uma visão que tem de ser aplicada em todos os setores”.

 

“Existe a famosa curva de Laffer, que indica que quanto maior o imposto, maior é arrecadação até certo ponto. Em dado momento, acaba dando problemas. Tem que encontrar o equilíbrio, para que todos possam sair ganhando. Hoje, até a Bolívia e Paraguai são concorrentes tributários nesta ‘guerra’, em função da regulagem fiscal”, acrescentou o diretor regional.

 

Por fim, Paulo disse que “o movimento todo em função do novo governo federal é muito positivo. Desde a transição existe um apoio popular e isso é importante. É algo que incentiva o congresso para aprovar as reformas necessárias e espero que este apoio seja recompensado, que seja reciproco. É um movimento de que não é com jeitinho, mas sim com trabalho e responsabilidade que vamos melhorar”. (Olha Direto/Wesley Santiago)