AutoIndústria
No ano passado, a indústria de caminhões instalada no País produziu 105,5 mil unidades, um crescimento de 27,1% sobre o volume contabilizado no mesmo período de 2017, quando saíram das linhas de montagem 83 mil veículos.
O forte aumento no ritmo de produção no chão das fábricas teve como um dos principais fomentadores a alta demanda do mercado interno por caminhões do segmento de pesados. Do total produzido, 49,4 mil unidades foram de modelos da categoria, participação de quase 47% do total produzido.
“A produção de veículos só não foi maior porque as exportações atrapalharam, especialmente devido à crise econômica na Argentina, o nosso maior comprador”, avaliou Antonio Megale, presidente da Anfavea, durante divulgação dos números do setor automotivo do ano passado, na terça-feira, 8 de janeiro.
As remessas de caminhões em 2018 para o mercado externo somaram 26,6 mil unidades, volume 12,7% menor ao obtido um ano antes, de 28,2 mil veículos. Mais uma vez, são os pesados que lideram os embarques, com 9,2 mil unidades, em queda de 9,4% na comparação com o acumulado do ano anterior (10.194 unidades).
Projeções
Para 2019, a Anfavea considera que há condições para seguir em trajetória de crescimento. “A manutenção da taxa Selic entre 6,5% e 7%, a inflação sobre controle no patamar de 4% e a projeção de mais uma safra próxima do recorde, para mais de 238 milhões de toneladas, proporcionam um ambiente favorável”, avaliou Megale.
A estimativa da associação é de que a produção de pesados (caminhões e ônibus) ao fim do novo período que se inicia alcance 150 mil unidades, alta de 11,9%.
As exportações continuará sendo o maior desafio do setor em 2019. Mas ainda assim, no caso dos pesados, a Anfavea projeta ligeira alta de 3,7%, para algo em torno de 35 mil caminhões e Ônibus. “A Argentina ainda mostrará dificuldades esse ano, mas a indústria de caminhões tem encontrado novos mercados importantes, como Chile e Rússia. Não que compense a Argentina, mas as exportações do segmento tendem a mostrar estabilidade ou um pequeno crescimento”, resumiu Megale. (AutoIndústria/Décio Costa)