Jornal Extra
futuro secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos da Costa, disse que o novo governo vai rever todas as políticas atuais de geração de emprego. Até o Sistema Nacional de Empregos (Sine) – uma ferramenta para fazer com que trabalhadores encontrem vagas disponíveis no mercado – deve passar por uma análise. Costa confirmou nesta segunda-feira que assumirá todas das atribuições do Ministério do Trabalho que forem para a pasta da Economia quando o presidente eleito Jair Bolsonaro tomar posse.
Com isso, Carlos da Costa cuidará de toda a promoção pública de emprego do governo federal. Segundo o futuro chefe da área de produtividade, a ideia é avaliar os programas atuais e dar um foco geral para a qualificação de pessoal.
“Vamos rever todas as políticas” frisou. “Precisamos ter as melhores práticas globais”.
Ele elogiou algumas iniciativas atuais como, por exemplo, o programa “Brasil Mais Produtivo”. Disse que é um exemplo de iniciativa que deu certo, mas evitou prometer que ele será ampliado. Argumentou que ele é muito bem-sucedido, mas ainda tem um alcance muito reduzido. O programa, que quer aumentar a produtividade das fábricas, abarca apenas 3 mil empresas atualmente. É preciso saber se a proposta teria efeito se fosse estendida a todo o país.
“Tem de ver se tem escalabilidade”.
Questionado se o próximo governo também deve rever o programa Rota 20/30, que deu incentivos para o setor automotivo, ele afirmou que ainda não há uma decisão tomada em relação ao assunto.
Costa participou de um debate sobre a situação da indústria e suas perspectivas e os desafios. Falou que é possível crescer 5% ao ano. Na saída, justificou que é possível recuperar a competitividade perdida nos últimos 30 anos apenas com a remoção dos obstáculos colocados nas últimas décadas. E, depois, avançar com aumento de produtividade de cada trabalhador. (Jornal Extra/Gabriela Valente e Marcello Corrêa)