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O ano de 2018 vai chegando ao fim com um balanço favorável à indústria automobilística. Crescimento do mercado interno de 15% e da produção de 8,5% traz de volta a confiança do setor no Brasil, depois de três anos de sofrimento.
Outros fatores entram na conta do otimismo, como a aprovação do Programa Rota 2030, traçando novas diretrizes em termos de eficiência, pesquisa e desenvolvimento da indústria automobilística.
Um feito cujo sucesso será apreciado pelos brasileiros nos próximos anos em termos de melhores veículos, mais empregos, geração de renda e negócios.
Outro ponto positivo foi o Salão do Automóvel de São Paulo. Sucesso de público, com quase 750 mil visitantes em duas semanas, mais de 60 lançamentos, anúncio de novos investimentos confirmaram o evento como um dos mais importantes eventos do mundo, consolidando a força da indústria nacional para o mercado global do automóvel.
O lado negativo de 2018 é queda das exportações, motivadas pela crise Argentina, principal parceiro do país. Entre janeiro e novembro, o Brasil exportou em veículo US$ 13,78 bilhões, queda de 5,2% em relação ao mesmo período do ano passado.
Nos números apresentados nesta quinta-feira pela Anfavea, a produção apresentou queda de 6,8% de novembro ante a outubro. Já em licenciamentos, a redução no mês passado foi de 9,3%, consequência de vários feriados de novembro. Nada que assuste.
O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale, afirmou que, mesmo nos piores momentos com a queda recorde do mercado nos últimos anos, as empresas do setor jamais desistiram de disputar o mercado brasileiro, pois sabem que por aqui há muito ainda o que fazer.
Tanto sabem que a indústria de caminhões volta a mostrar sua pujança. Com cerca de 69 mil unidades emplacadas, o mercado doméstico de veículos de carga cresceu 49% entre janeiro e novembro ante a mesmo período do ano passado.
As vendas de caminhões devem fechar o ano perto das 80 mil unidades, um grande feito para um segmento da indústria que encerrou 2017 com cerca de 50 mil unidades emplacadas.
Com cerca de 13,6 mil unidades emplacadas nos 11 meses do ano, o mercado doméstico de ônibus também registra um crescimento de 29%.
Tudo somado, 2018 ficará na história como um ano em que o setor retomou o fôlego no Brasil. Com um novo governo federal em 2019, o setor espera manter a trajetória e reconquistar os números que um dia representaram um mercado interno de quase 4 milhões de unidades entre carros, comerciais leves, caminhões e ônibus. (Futuretransport/Wagner Oliveira)