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A melhora do mercado de crédito tem impulsionado a busca de instituições financeiras por novas tecnologias de análise de risco. O movimento também tenta acompanhar as fintechs, cuja demanda por essas soluções dobrou em 2018 em relação ao ano passado.
De acordo com o diretor comercial da TransUnion, Fernando Egas, especialmente entre os bancos de montadoras, que têm sentido um aumento mais significativo na demanda por financiamentos de veículos, a busca por novas tecnologias começa a ter um novo papel.
Os últimos dados do Banco Central (BC), por exemplo, apontam que as concessões de crédito para aquisição de veículos avançaram 14,9% em outubro frente a igual mês de 2017, de R$ 8,021 bilhões para R$ 9,219 bilhões.
“Este ano, o mercado deve chegar a mais de cinco milhões de veículos financiados. É uma retomada importante e os bancos de montadoras estão preocupados em criar uma experiência melhor e agilizar seus processos”, explicou Egas.
Além da busca por maior agilidade na análise e até mesmo na concessão de crédito, as principais demandas relacionadas ao produto estão direcionadas para a melhora do atendimento e o conhecimento do perfil do cliente, bem como a redução do tempo de venda e o aumento dos empréstimos.
No Banco Toyota, por exemplo, instituição que já trabalha há dez anos junto à TransUnion, o tempo de todo o processo de análise de CPF e determinação de juros e prazos – que levava de 20 a 30 minutos no total – foi reduzido para apenas dois minutos.
“Conseguimos analisar os dados de localização e os riscos que o cliente oferece, criando um score para ele e facilitando na decisão do banco”, complementou Egas, reiterando que, atualmente, 100% das vendas financiadas pela instituição financeira utilizam das soluções tecnológicas oferecidas pela TransUnion.
“Hoje, 80% das instituições financeiras do País usam nossas soluções para decisão de crédito. E, por resultados como este, a tendência é de que a demanda por novas tecnologias continue a aumentar”, diz.
De acordo com o gerente executivo de crédito varejo do Banco Toyota, Fernando Rincon, as novas tecnologias são responsáveis por agregar valor ao processo de concessão.
O último levantamento da Pesquisa de Tecnologia Bancária da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) aponta que, em 2017, os gastos com tecnologia somaram R$ 19,5 bilhões, alta de 4,8% em relação a 2016 (R$ 18,6 bilhões).
“Nosso maior desafio era reduzir o tempo e os esforços para análise e concessão, visando atender nossos clientes e concessionários com mais excelência. Soluções como essa possibilitam tomadas de decisões mais eficientes e seguras para fechamento de novos negócios”, comentou Rincon.
Concorrência
O movimento, por sua vez, não se limita aos bancos de montadoras. Segundo os executivos, bancos grandes, médios e pequenos de varejo e seguradoras também entram na conta.
“Além disso, temos um crescimento acelerado das fintechs. A demanda, para nós, dobrou este ano ante 2017. Isso incentiva a concorrência e permite serviços mais sofisticados para o mercado de crédito, que tem sido muito reprimido nos últimos anos”, conclui Egas. (DCI/Isabela Bolzani)