AutoIndústria
A indústria de máquinas agrícolas e rodoviárias acumula alta nas vendas internas de 7,7% no acumulado até setembro, com pouco mais de 3,5 mil unidades negociadas. O segmento de tratores de rodas têm peso fundamental nesse desempenho.
Com aplicações sobretudo no campo, os tratores de rodas respondem por quase 80% das vendas de máquinas no Brasil. Nos primeiros nove meses do ano, foram negociadas mais de 28,8 mil unidades, crescimento de 4,2% sobre igual período do ano passado.
A Anfavea estima um último trimestre de bom desempenho de vendas no mercado interno de máquinas agrícolas e rodoviárias.
Tanto que a entidade que congrega os fabricantes reviu para cima suas projeções: do crescimento de 7% projetado inicialmente sobre as 42,4 mil unidades registradas no ano passado, agora acredita em avanço de 11%, para cerca de 47 mil.
Algumas empresas têm aproveitado esse bom momento para ampliar suas vendas, mesmo em segmentos mais elevados, de menor participação no conjunto do mercado. E até com produtos importados.
É caso da Case IH, que acaba de vender doze unidades de seu trator Steiger à Amaggi. O modelo tem nada menos do que 620 cavalos de potência e terá aplicação na produção de soja, milho e algodão em grande escala no Mato Grosso.
O cliente, um dos maiores produtores agrícolas no País, já dispunha de quatro unidades do Steiger, mas com motor menos potente, de 550 cavalos. Modelos acima dos 130 cavalos representaram não mais do que 20% do total de tratores de rodas vendidos no acumulado até setembro.
A linha Steiger tem tratores a partir de 370 cavalos e se enquadra na categoria de financiamento do Finame. “O Brasil tem áreas imensas e, por isso, usa equipamentos de porte maior. Nessa tendência de mercado, a Case IH está à frente da concorrência com tratores de grande porte”, diz Silvio Campos, diretor de marketing de produto da Case IH. (AutoIndústria)