Novas opções no restrito mercado de híbridos e elétricos

AutoIndústria

 

Muito se fala em elétricos e híbridos no mundo automotivo atual. Mas a verdade é que por aqui esse universo ainda é bastante restrito, principalmente quando se trata de elétricos. De janeiro a setembro deste ano foram comercializados no País total de 2.764 unidades desses dois tipos de veículos, a grande maioria – ou exatas 2.596 unidades – de modelos híbridos. Resumindo, em nove meses o mercado brasileiro absorveu apenas 168  automóveis 100% elétricos.

 

A tendência no Brasil, pelo que circula na própria área automotiva, é mais pelos híbridos do que pelos elétricos, até por uma questão de infraestrutura de abastecimentos de modelos do gênero. Mas nem por isso as montadoras aqui instaladas deixarão de investir no segmento.

 

A Nissan vai expor no Salão Salão do Automóvel de São Paulo, entre os dias 8 e 18 de novembro, o elétrico Leaf, que chega ao mercado no início do ano que vem. A General Motors apresentará o Bolt EV, compacto 100% elétrico com autonomia de 400 quilômetros, e a Renault mostrará o Twizy e o Zoe, que estarão disponíveis para test-drive.

 

Já no segmento de híbridos, seguindo a própria tendência do mercado local, as opções são maiores. A BMW vai expor na mostra do São Paulo Expo, na capital paulista, o BMW i8 Roadster, a versão conversível do esportivo híbrido plug-in BMW i8, modelo que custa por aqui quase R$ 800 mil.

 

“Estamos entusiasmados com a estreia do novo BMW i8 Roadster no Salão do Automóvel de São Paulo. Ele simboliza em um único veículo toda a esportividade da marca BMW, o design visionário e multipremiado do BMW Group, e o pioneirismo da submarca BMW i em termos de eletrificação e conectividade estabelecido pela estratégia Number One NEXT e presente na atual gama de automóveis eletrificados BMW”, explica Nina Dragone, diretora de marketing e Produto da BMW do Brasil.

 

O conversível contempla um motor elétrico que funciona de forma sincronizada a um motor a combustão, de três cilindros, de 1.499 cm³, a gasolina, dotado de tecnologia BMW TwinPower Turbo. O gerador elétrico é responsável por mover as rodas dianteiras, enquanto o motor a gasolina movimenta as rodas traseiras.

 

A Toyota mostrará o Prius Híbrido Flex, que usa etanol no lugar da gasolina para gerar eletricidade e já está em fase final de testes no País. Sua produção, no entanto, depende de volume e nesse sentido a montadora avalia que modelos do gênero deveriam ter mais incentivos do que os estabelecidos no programa Rota 2030.

 

A Lexus, marca de luxo do Grupo Toyota, vai mostrar o NX 300, que custa R$ 220 mil. A Audi terá quatro híbridos no estande – os modelos A6, A7, A8 e Q8 -, a Ford duas versões do Fusion, sendo uma delas plug-in, e a Volkswagen o Golf GTE. Também a Kia promete expor modelos híbridos, dentre os quais o Soul EV, Optima e Niro.

 

Dentre os híbridos vendidos hoje no País, o Toyota Prius é líder absolutos, com 1.973 unidades comercializadas nos primeiros nove meses do ano.

 

O segundo modelo mais vendido, com 245 emplacamentos, é o Ford Fusion Tit Hybrid, seguido do Lexus CT 200H, com 156 licenciamentos no ano, e do Porsche Cayenne SmE-HY, com 57 unidades. Todos os demais venderam de janeiro a setembro menos de 20 unidades.

 

No caso dos automóveis e comerciais leves elétricos, o de maior volume, mas com apenas 50 unidades no ano, é o Volvo XC90 T8 Inscript, seguido do Byd ES, com 37 emplacamentos. O Renault Zoe Intens LR licenciou 20 unidades. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)