Mercado em baixa pode cancelar Salão de Buenos Aires 2019

Notícias Automotivas/Ámbito

 

A situação do mercado argentino está preocupando a indústria automotiva local e pode cancelar o Salão de Buenos Aires 2019. A associação dos fabricantes de veículos do país vizinho (Adefa) está dividida entre a realização ou não da mostra na capital portenha, que ocorre a cada dois anos, nos intervalos do Salão do Automóvel, no Brasil.

 

No começo do ano, o mercado argentino parecia ir em direção a um recorde de vendas, mas após a metade do ano, as vendas despencaram e a situação atual é tratada como crise. A expectativa é que os emplacamentos de modo geral não deverão passar de 800 mil veículos em 2018, ante 900 mil obtidos em 2017 e 650 mil em 2016.

 

Das 12 empresas que compõe a Adefa, metade é a favor da realização do evento automotivo no centro de exposições de La Rural, próximo do aeroporto Aeroparque Jorge Newbery. Seis querem o evento, mas três dizem que são contra. Outras três montadoras ainda estão em dúvida sobre o assunto.

 

Como toda mostra automotiva, o alto custo é um dos motivos que mais impactam na decisão dos fabricantes que desistem de participar de salões. No caso de Buenos Aires, o espaço no La Rural custa entre US$ 2 milhões e US$ 3 milhões para cada montadora.

 

O problema é que esse custo não se reverte necessariamente em vendas maiores, sendo mais um chamariz para seus lançamentos e, como dizem os hermanos, “um passeio para os curiosos”.

 

Mas, o setor automotivo na Argentina ainda tem mais problemas que o La Rural. As montadoras enfrentam uma queda na produção com o fechamento de vários turnos e a suspensão de 5 mil pessoas.

 

Um exemplo é a produção do Chevrolet Cruze em Rosário, onde a GM deverá ter apenas um turno em 2019 ante três que começaram a funcionar quando o modelo passou a ser feito localmente. Nesta terça (25), a Argentina como um todo está em greve geral. (Notícias Automotivas/Ámbito)