O Estado de S. Paulo
A expectativa de alta para o PIB este ano passou de 1,36% para 1,35%, conforme o Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 24, pelo Banco Central. É a quinta semana consecutiva de redução na estimativa de alta da economia brasileira. Há quatro semanas, a projeção era de crescimento de 1,47%. Para 2019, o mercado manteve a previsão de alta do PIB de 2,50%, igual ao visto quatro semanas atrás.
Já a projeção de inflação neste ano, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), passou de alta de 4,09% para elevação de 4,28%. Há um mês, estava em 4,17%. A projeção para o índice em 2019 foi de 4,11% para 4,18%. Quatro semanas atrás, estava em 4,12%.
No fim de julho, o BC reduziu sua projeção para o PIB em 2018, de 2,6% para 1,6%. A instituição atribuiu a mudança na estimativa à frustração com a economia no início do ano.
No fim de agosto, foi a vez de o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informar que o PIB cresceu apenas 0,2% no segundo trimestre, em função dos efeitos da greve dos caminhoneiros ocorrida em maio e junho. No primeiro semestre, a alta acumulada foi de 1,0%.
No relatório Focus desta segunda-feira, 24, a projeção para a produção industrial de 2018 foi de alta de 2,67% para elevação de 2,78%. Há um mês, estava em 2,61%. No caso de 2019, a estimativa de crescimento da produção industrial seguiu em 3,00%, igual ao visto quatro semanas antes.
A pesquisa Focus mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2018 seguiu em 54,32%. Há um mês, estava em 54,25%. Para 2019, a expectativa passou de 57,75% para 57,90%, ante os 57,40% de um mês atrás.
Mercado espera câmbio mais elevado no final do ano
O relatório também mostrou alteração no cenário para a moeda norte-americana em 2018 e 2019. A mediana das expectativas para o câmbio no fim deste ano foi de R$ 3,83 para R$ 3,90, ante os R$ 3,75 verificados há um mês.
Para 2019, a projeção para o câmbio no fim do ano foi de R$ 3,75 para R$ 3,80, ante R$ 3,70 de quatro pesquisas atrás. (O Estado de S. Paulo/Fabrício de Castro)