O Diário de Maringá
A frota de veículos brasileira cresceu 1,2% em 2017, hoje, segundo o Sindipeças, sindicato que reúne as empresas de autopeças no Brasil, são mais de 43,4 milhões de unidades circulando pelo território nacional. A crise que afetou o País, aumentou a idade dos veículos que estão trafegando nas ruas; em 2017, a média ficou em nove anos e sete meses, quatro meses mais velha que no ano anterior.
A instabilidade veio acompanhada da exoneração, atualmente o Brasil tem mais de 13 milhões de trabalhadores desempregados, segundo dados do IBGE. O total de vagas formais caiu a 32,775 milhões de postos, o menor patamar da série iniciada em 2012. Já o trabalho por conta própria cresceu 2,5% no período, com 568 mil pessoas a mais.
Na contramão do cenário atual o mercado de reparação automotiva continua aquecido no Brasil. Isso se deve ao impulso que os seminovos ganharam com a queda na entrada de veículos novos. Mas, um entrave para que mais profissionais sejam contratados, é a falta de mão de obra qualificada.
Hoje os lançamentos automotivos ocorrem com maior rapidez e todas as montadoras estão agregando novas tecnologias. Para se destacar neste mercado e fidelizar clientes, os mecânicos devem estar aptos para entender sobre estas mudanças.
Para Sandra Nalli, fundadora da Escola do Mecânico, a reparação automotiva é uma área que possibilita muitas oportunidades de trabalho e renda. “Grande parte de nossos alunos, buscam a capacitação ou a formação como mecânicos de carro e ou moto. Outros já buscam nichos mais específicos, querendo se diferenciar no mercado. Temos também recebido muitas mulheres e elas procuram conhecimento para montar sua oficina ou colaborar com seu marido. Hoje o salário médio de um mecânico automotivo no Brasil é de R$ 2.379,00 e de motocicleta R$ 1.745,85. Então vale muito a pena se capacitar!”, conclui Nalli.
Antes da chegada da injeção eletrônica o mecânico aprendia o serviço na prática, muitas vezes a profissão passava de pai para filho, hoje ela exige treinamento constante e conhecimento técnico. Antes de ingressar no mercado de trabalho, o reparador tem que estar completamente preparado.
A Escola do Mecânico, que nasceu em Campinas há sete anos e está presente em quatro estados, tem como diferencial as aulas mão na massa, que faz com que o candidato chegue ao mercado com a pratica que ele exige. Sandra Nalli explica que para ajudar na colocação dos reparadores no mercado de trabalho, foi desenvolvido o aplicativo Emprega Mecânico. “Ele é gratuito e liga o profissional a vaga de emprego. Fizemos diversas parcerias com empresas do setor e é um facilitador da colocação ou recolocação”, conclui Nalli.
O mercado de reparação automotiva está aberto para todos e para aqueles que estão dispostos a montar sua própria oficina mecânica, o Sebrae dispõe de uma cartilha com orientações. (O Diário de Maringá)