Confiança do empresário melhora, mas ainda está abaixo da média

O Globo

 

Levantamento feito com 2.838 empresas, no período de 1 a 13 deste mês, mostra que, mesmo com uma recuperação, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) continua abaixo da média histórica. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o indicador subiu 3,1 pontos em relação a julho, alcançando 53,3 pontos em agosto. Porém, embora tenha ficado acima da linha divisória de 50 pontos, que separa a confiança da não confiança, o Icei está abaixo da média histórica, que é de 54,1 pontos, e dos 55,5 pontos registrados em maio, antes da greve dos caminhoneiros.

 

De acordo com a pesquisa da CNI, o aumento da confiança neste mês é resultado, especialmente, da percepção sobre as condições futuras da empresa e da economia. O Índice de Expectativas subiu de 53,5 pontos em julho para 56,3 pontos em agosto. Esse resultado indica otimismo dos empresários em relação ao desempenho da economia nos próximos seis meses.

 

Já o Índice de Condições Atuais subiu de 43,6 pontos em julho para 47,2 pontos em agosto. Mas ainda está abaixo dos 50 pontos, mostrando que os empresários ainda percebem a piora das condições atuais dos negócios. Em maio, antes da greve dos caminhoneiros, o indicador estava em 50,1 pontos.

 

“A atividade industrial vem se normalizando, após a greve dos caminhoneiros. Além disso, estamos entrando em um período do ano no qual é usual termos maior atividade econômica. Contudo, as incertezas eleitorais e a tabela de preços mínimos de frete impedem uma confiança maior” disse o economista da CNI Marcelo Azevedo.

 

A confiança é maior nas grandes empresas, em que o indicador alcançou 54,4 pontos. Nas pequenas, o Icei ficou em 51,2 pontos e, nas médias, em 53 pontos. Nas indústrias extrativas, o Icei subiu para 58,5 pontos, acima dos 53,5 pontos registrados na indústria de transformação e dos 51,8 pontos verificados na construção. (O Globo/Eliane Oliveira)