Hyundai suspende venda do Creta para público PCD

Jornal do Carro

 

A explosão das vendas de carros novos com isenção fiscal para pessoas com necessidades especiais, o chamado público PCD, já é um dos fatos marcantes de 2018 no setor automotivo brasileiro. Algumas marcas lançaram versões para PCD de produtos mais baratos, em especial hatches e sedãs compactos. Mas esse público não foge à regra do mercado e quer mesmo é comprar um SUV.

 

O problema é que o volume de produção que algumas marcas destinaram para esses clientes especiais não está sendo suficiente para atender a demanda. Resultado: vendas suspensas. A bola da vez é o Creta. A Hyundai informou ontem que não está mais aceitando pedidos do modelo para PCD.

 

De acordo com comunicado divulgado ontem pela marca, o volume de produção do Creta para PCD neste ano já está totalmente comprometido com os pedidos feitos nas concessionárias até o último dia 2 de agosto. Por isso, a marca resolveu suspender os pedidos durante todo o resto do ano. As vendas só serão retomadas em 2019, já dentro dos novos volumes de produção que serão definidos para o próximo ano. Mesmo quem conseguiu fazer o pedido antes da suspensão só deverá receber o carro no final do ano.

 

A principal versão procurada pelo público PCD é a Attitude 1.6 com câmbio automático. Isso porque ela é a única, dentro do catálogo do modelo, cuja tabela cheia fica abaixo do teto de R$ 70 mil para venda com isenção fiscal de IPI e ICMS.

 

As demais versões (Prestige 2.0, Sport 2.0 e Pulse Plus 1.6) excedem esse limite de preço. Por isso, são vendidas com abatimento apenas do IPI, o que rende desconto de cerca de 11%. Essas versões mais caras continuam disponíveis normalmente.

 

O Creta Attitude 1.6 automático tinha o preço final para PCD de R$ 54.662,19, já descontados os dois impostos. Seus conteúdos incluem direção elétrica, ar-condicionado analógico, rodas de ferro de 16 polegadas, sistema start-stop, vidros elétricos dianteiros e traseiros, assento do motorista regulável em altura, volante com regulagem de altura e profundidade e controle de velocidade de cruzeiro. Não há central multimídia.

 

Rivais também deixam o público PCD

 

O movimento da Nissan não é isolado. Pelo menos duas outras montadoras também interromperam a venda de SUVs com isenção fiscal para o PCD.

 

A Renault deixou de aceitar pedidos para o Captur. O modelo tinha uma versão com motor 1.6 destinada a esse público por pouco menos de R$ 70 mil. Já a Nissan parou de vender o Kicks S Direct, que tinha tabela cheia de R$ 68.640 e saía por R$ 53.082 com os descontos. Os dois modelos também só devem ter a comercialização para PCD retomada em 2019. (Jornal do Carro)