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A indústria automobilística já está empenhada em extrair os melhores resultados a partir do Rota 2030, programa que dará os rumos para todo o setor nos próximos três quinquênios.
Integrantes do setor e autoridades federais reunidos em São Paulo mostraram afinidades para impulsionar a competitividade do veículo brasileiro frente difícil e disputado cenário global, onde o setor passará por profundas e radicais mudanças tecnológicas.
“Não tenho dúvidas que estamos no caminho certo para produzirmos carros mais avançados tecnologicamente, seguros, menos poluentes e mais eficientes em termos de consumo de energia”, afirmou o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDI), Marcos Jorge de Lima, durante a abertura do 26º Simpósio Internacional da Engenharia Automotiva (Simea), ocorrido na última terça-feira (1/08).
Com o tema “A Rota Para o Futuro da Mobilidade no Brasil”, o Seminário reúne as maiores empresas e profissionais da indústria automobilística para discutir quais caminhos vão guiar o Brasil nos próximos anos, a partir dos parâmetros estabelecidos pelo Rota 2030, programa de incentivos à competitividade em decreto (prestes a ser sancionado) pelo presidente Michel Temer, mas que ainda depende de aprovação do Congresso Nacional nos próximos 120 dias.
Além de estabelecer os parâmetros para a melhoria de eficiência energética nos veículos produzidos no Brasil, um dos grandes diferenciais do programa é o incentivo à pesquisa e desenvolvimento. A academia e as empresas poderão abater da carga tributária projetos nacionais que incentivem a competitividade local.
“A partir deste evento, passamos a preparar o futuro da indústria automobilística nacional que queremos”, afirmou Rogélio Golfarb, executivo da Ford e presidente do Simea 2018. “Cada engenheiro aqui presente tem a missão de dar sua contribuição para as inovações que vão estabelecer o papel da indústria brasileira no contexto internacional.”
O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale, afirmou que o Brasil tem a oportunidade de aproveitar suas potencialidades locais para garantir o crescimento da indústria nacional. “Em termos de eficiência de emissões temos um dos programas mais avançados do mundo, que é o etanol, e podemos ficar ainda mais na dianteira com o investimento contínuo em pesquisas e desenvolvimento de tecnologias”, disse.
O presidente do Sindipeças, Dan Ioschpe, ressaltou a importância do Rota 2030 para a indústria de autopeças nacional na medida em que o programa pode reforçar a integração das empresas nacionais nas cadeias de suprimento mundiais. “Valeu a pena todo o esforço que os setores da indústria fizeram junto ao governo para termos uma diretriz para os próximos 15 anos”, afirmou.
Edson Orikassa, presidente da Associação dos Engenheiros Automotivos, afirma que uma nova fase de oportunidades se abre para todos os profissionais e estudantes do setor. “Com o incentivo em pesquisa e desenvolvimento, novas oportunidades vão surgir para profissionais de talento desenvolverem seus projetos”, acredita. (Futuretransport/Wagner Oliveira)