AutoIndústria
A PSA iniciou oficialmente nesta terça-feira, 31 de julho, a produção Citroën C4 Cactus em Porto Real (RJ). O utilitário esportivo é o mais importante lançamento da marca nos últimos anos ano e a principal aposta da empresa para retomar o caminho do crescimento no mercado brasileiro.
Patrice Lucas, presidente da PSA Brasil e América Latina, diz, mais ainda, que o SUV é o ponto de relargada para o conglomerado francês, que produz no sul-fluminense ainda o hatch Citroën C3 e os Peugeot 206 e 2008, chegar a imaginados 5% de participação no Brasil até 2021. Hoje esses quatro veículos somam 1,9% do mercado interno.
O desenvolvimento do C4 Cactus, já apresentado na Europa em março, contou com a participação intensa das áreas brasileiras de engenharia e design. O SUV, afirma Lucas, sem citar números, terá papel relevante nas exportações. Os maiores volumes seguirão para a Argentina e demais países sul-americanos. “Mas estamos estudando oportunidades na África”, antecipa o executivo.
Desde 2016 até o fim deste ano serão investidos R$ 580 milhões na unidade industrial fluminense. Houve intervenções importantes como a adoção da medição a laser e na área de chaparia, que antes contava com duas linhas para modelos Citroën e Peugeot, e dispõe agora de apenas uma capaz de fabricar partes dos quatro modelos e também para o novo SUV.
O Cactus utiliza a mesma plataforma dos demais modelos brasileiros da empresa, a PF1, e será lançado oficialmente no fim deste mês. Disputará o segmento de SUVs compactos, o que mais cresce e cresceu no País nos últimos quatro anos e que tem entre os líderes Honda HR-V, Jeep Compass e Hyundai Creta,
Segundo a PSA, seu desenvolvimento demandou três anos de trabalho de mais de quatrocentos funcionários no Brasil, Argentina e França. Os testes de rodagem para validação envolveram 1 milhão de quilômetros em estradas e ruas do Brasil, Argentina, Alemanha, França, Áustria e até Suécia.
Volta ao azul
Com o que Patrice Lucas chama de ofensiva SUV na região, que envolve a chegada recente de produtos importados como os Peugeot 3008 e 5008, além de fortes investimentos em veículos comerciais, a PSA pretende não só crescer em participação na América Latina, que hoje é de 3,9% e que representaram 98 mil veículos no primeiro semestre, mas voltar à lucratividade no Brasil.
O maior mercado da região, responsável por quase um quinto das vendas da empresa na América Latina, tem evoluído nesse sentido, mas ainda fechou no vermelho no ano passado, de acordo com Lucas, que assumiu a operação brasileira em março.
O presidente da PSA espera que, no máximo, até 2021, no entanto, a operação esteja rodando integralmente no azul. Ele, contudo, não descarta a possibilidade de chegar ao lucro ainda em 2018.
Para chegar lá aos objetivos proposto para aqui a três anos, a PSA encaminha também estudos para, a já mais avançada, volta da marca DS ao Brasil, talvez com rede exclusiva, e também o lançamento de modelos importados da recém-adquirida Opel, que acabam de chegar primeiro ao mercado chileno. “Mas estamos preocupados antes em desenvolver as marcas Peugeot e Citroën”, diz Lucas.
Após enfatizar os planos do conglomerado francês que envolvem o lançamento de 16 automóveis e comerciais leves das duas marcas entre 2016 e 2021 no Brasil e região – sendo que o Cactus já é o sétimo – o presidente da PSA fez questão de pontuar :”Estamos aqui para ficar!”. (AutoIndústria/George Guimarães)