AutoIndústria
As montadoras continuam paradas por causa da falta de peças provocada pelo movimento dos caminhoneiros, o que afeta a distribuição de veículos e peças para as redes de concessionárias e também as vendas externas. A Toyota, por exemplo, informa que paralisou as operações de exportação.
Outras empresas também confirmam que os negócios externos estão prejudicados, como a General Motors, sem revelar, no entanto, maiores detalhes. A Mercedes-Benz, que enfrentou greve em sua planta de São Bernardo do Campo, SP, até quarta-feira, 23, concedeu licença remunerada aos que trabalham nas áreas ligadas à produção nesta segunda-feira, 28.
A Scania, com fábrica também em São Bernardo do Campo, está paralisada desde a quinta-feira, 24. A montadora informa que fará uso do acordo de flexibilidade firmado com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC para compensar os dias parados. A Iveco revelou que optou por parada técnica na manufatura em Sete Lagoas, MG, “com compensação futura”.
No caso da Toyota, a produção já tinha sido suspensa nas plantas de Sorocaba e Indaiatuba, no interior paulista, na semana passada e na segunda-feira, 28, foram afetadas as operações de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, e da unidade de motores de Porto Feliz (SP).
A Hyundai também está parada. A ideia da empresa, segundo nota divulgada ontem, é voltar na quarta-feira, 30, caso seja reestabelecido o fluxo de abastecimento. A Anfavea reafirmou ontem que todas as montadoras foram afetadas e que não há produção de veículos no País.
A entidade não revela números relativos à produção. Mas considerando as vendas de veículos produzidos internamente e as exportações de abril, saíram das linhas de montagem cerca de 260 mil unidades no mês. Por dia útil, a média é de quase 12,4 mil veículos. Considerando três dias de paralisação, seriam mais de 37 mil unidades.
Com relação ao varejo, fonte do setor informa que assim como no comércio em geral o movimento caiu drasticamente nas concessionárias, tanto nas lojas como nas oficinas. Quem tem combustível está preferindo economizar, adiando tudo que não for essencial no momento.
Mesmo quem adquiriu um carro novo e já conseguiu emplacá-lo não tem como retirá-lo da concessionária por falta de condições de encher o tanque. O número de emplacamentos, que estava entre 10 mil e 11 mil por dia, caiu para 8 mil na sexta-feira, 25. (AutoIndústria)