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Embora ainda sejam ampla minoria, as classes A e B ampliaram a participação no sistema brasileiro de consórcio. No primeiro caso, a alta foi de 4% em 2017 para 7% de penetração este ano, enquanto a classe B teve fatia ampliada de 12% para 20% no mesmo comparativo.
Os dados foram divulgados na segunda-feira, 27, pela Abac, Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio. Segundo o levantamento, a classe C predomina, com 39% de participação, e a Classe D – cuja renda familiar varia de 2 a 10 salários mínimos, segundo critério do IBGE – vem logo na sequência, com 34%.
A pesquisa da Abac, realizada por intermédio da Quorum Brasil, envolveu 1 mil consorciados ativos e 1 mil potenciais consorciados em oito cidades do País e teve por objetivo atualizar o perfil desse consumidor e identificar as razões que os levaram a investir e optar por adquirir bens ou contratar serviços pelo mecanismo.
As oito cidades pesquisadas foram São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Fortaleza, Salvador, Goiânia e Belém.
Do total geral, 54% têm mais de 40 anos, sendo que sua maioria (65%) é casada. A menor participação é daqueles que têm até 29 anos (11%). O destaque, segundo a Abac, foi a faixa dos 30 a 39 anos que, com 35% de presença nos consórcios, demonstrou evolução, visto que há um ano era de 27%.
O consorciado do segmento de automóveis foi o que teve maior peso na pesquisa, com 32% de participação. Na sequência vieram motos (21%), imóveis (15%), serviços (10%), eletroeletrônicos (10%), caminhões (8%) e máquinas agrícolas (4%).
De acordo com a Abac, as vendas de novas cotas do sistema de consórcios têm contabilizado avanços entre aqueles que, considerando a essência da educação financeira, planejam o futuro por meio da modalidade.
“Eles pensam em assumir compromisso para adquirir bens ou contratar serviços dentro de suas capacidades financeiras”, destaca o presidente da entidade, Paulo Roberto Rossi.
Antes de aderirem à modalidade, os consorciados buscam informações de várias formas, com predomínio (38%) de contatos com familiares e amigos.
As redes sociais, incluindo as próprias e aquelas vinculadas às empresas, somaram 15%. Os restantes 22% dividiram-se em sites, Banco Central, lojas, instituições financeiras, blogs e profissionais de venda.
A grande maioria (85%) optou por fechar o negócio pessoalmente. Do restante, 7% recorreram ao telefone, 5% fizeram a compra on-line e 3% por e-mail. (AutoIndústria)