Jornal do Carro
Um dos sistemas mais importantes do veículo, os freios normalmente só são lembrados quando apresentam algum tipo de falha. Checar o conjunto regularmente e trocar eventuais peças defeituosas garante a segurança para os ocupantes e também demais usuários da via. O dispositivo pode ser de dois tipos: a disco ou a tambor.
Os a disco são melhores. Além de mais eficientes, têm durabilidade maior e aguentam situações severas por longos períodos, como descidas de serra ou reduções feitas a partir de altas velocidades.
Nem todos os freios a disco são iguais: há três tipos. Os sólidos são os mais baratos e estão no eixo dianteiro da maioria dos carros de entrada vendidos no Brasil – esses modelos costumam usar tambor atrás. Entre os exemplos há as versões 1.0 de Chevrolet Onix, Hyundai HB20 e Ford Ka, por exemplo.
Os discos ventilados são usados no eixo dianteiro de carros maiores ou mais potentes (como o Ka 1.5, por exemplo). Esse sistema tem dois componentes paralelos, com um espaço para ventilação entre eles (imagine uma bolacha recheada, mas sem o creme no meio).
Sua maior vantagem é a capacidade de dissipar rapidamente o calor gerado nas frenagens. Quando os discos esquentam muito, ficam muito lisos, como se fossem vitrificados.
Quanto mais frias estiverem essas peças, maior será o atrito entre os discos e as pastilhas de freio. Isso é essencial para garantir frenagens eficientes.
Honda Civic, Jeep Renegade e Toyota Corolla são alguns exemplos de carros com discos ventilados na frente e sólidos atrás. Isso porque na maioria dos modelos a frente exige freios mais potentes por causa da transferência de peso do eixo traseiro para o dianteiro no caso de necessidade de uma parada brusca, por exemplo.
Discos ventilados nos dois eixos são comuns principalmente em esportivos, que exigem muito do sistema de freios.
Há ainda o disco ventilado e perfurado, o tipo mais eficiente. As perfurações aumentam ainda mais a capacidade de refrigeração e, com isso, o atrito.
“A perfuração também ajudar a escoar a água que fica acumulada entre a pastilha e o disco quando o carro circula em pista molhada”, diz o gerente da Continental, fabricante de freios, Carlos Minutti.
O especialista diz que o item que mais requer atenção no sistema é o fluido – se houver bolhas a capacidade de frenagem diminuirá. A troca deve ser feita anualmente ou conforme indicado no manual do veículo.
Pastilhas, discos e sapatas (tambor) devem trocados, em média, a cada 30 mil km. O uso severo também diminui a durabilidade dos componentes.
Preços
Na Trabuco Centro Automotivo, na zona oeste, a manutenção completa do sistema de um Chevrolet Onix fica em torno de R$ 1.000. O par de discos sai a R$ 310 e as pastilhas, a R$ 150. O conjunto de sapatas do freio traseiro custa R$ 180. (Jornal do Carro/José Antonio Leme)