Em segundo lugar, VW agora mira a liderança

AutoIndústria

 

Após assumir o segundo lugar do ranking das marcas mais vendidas no País, superando posição ocupada pela Fiat no ano passado, a Volkswagen quer alçar novos voos por aqui. Durante o lançamento do Tiguan Allspace em São Paulo, o presidente e CEO da Volkswagen Região América do Sul e Brasil, Pablo Di Si, não só falou sobre a intenção de chegar à liderança do mercado brasileiro, com disse ser essa uma meta de curto prazo.

 

Após lembrar que a empresa registrou crescimento de 31,7% no primeiro trimestre, com 77,5 mil emplacamentos, destacou que tal índice representa mais do que o dobro da alta registrada no mercado total de automóveis e comerciais leves, que foi de 14,7%.

 

“Já estamos disputando a liderança com uma marca norte-americana”, comentou o executivo, referindo-se à General Motors, em discurso na noite de segunda-feira, 9, no evento de apresentação do novo Tiguan.

 

Um pouco antes, em entrevista que concedeu a um grupo de jornalistas, Di Si também falou do objetivo de ocupar o primeiro lugar no ranking brasileiro. Mas foi um pouco mais comedido.

 

“Se houver festival de promoções, abrimos mão da liderança. Queremos ser sustentáveis. Mas não acredito que haverá isso (guerra de preços) no mercado brasileiro. Vamos trabalhar junto com os concessionários e a consequência será a liderança”.

 

Em março, realmente, a Volkswagen ficou muito próxima da GM, com participações de respectivamente 14,4% e 15,3%. Mas a marca estadunidense paralisou sua produção por um período para preparar suas fábricas para novos modelos. Tanto é que no trimestre a GM tem fatia de 17,4% e a VW de 14,7%.

 

Desde o lançamento do novo Polo no ano passado, que acumulou 17,7 mil emplacamentos no primeiro trimestre deste ano e ocupou a 4ª colocação no ranking dos veículos mais vendidos no País, a Volkswagen já colocou no mercado o Virtus e a Amarok V6, apresentando agora o Tiguan Allspace.

 

A empresa investe R$ 7 bilhões no País e garante pelo menos mais 16 lançamentos até 2020. “Podemos até superar os vinte modelos prometidos”, admitiu Di Si no lançamento do novo Tiguan. Dentre os que não estão na lista de novos produtos já divulgada, tem o sucessor do Gol, ainda em fase de definição.

 

“Avançamos bastante em relação aos estudos quanto ao sucessor do Gol e deveremos ter alguma solução ainda este ano. Mas ainda precisamos definir tudo, da plataforma à fábrica que será produzido”, informou Di Si.

 

Ele também disse que a empresa não pretende sacrificar segurança e tecnologia para ter um produto na faixa de R$ 30 mil, ou seja, não há qualquer sinalizador ainda com relação ao preço do seu futuro carro de entrada.

 

Di Si também falou sobre a retomada do mercado e eventuais reflexos de fornecimento de peças. Ele admitiu que a empresa teve problemas com falta de componentes quando iniciou a produção do Polo, mas garantiu que os problemas foram resolvidos junto com os fornecedores.

 

“A maior parte da cadeia já se adequou. Pode ainda haver alguns problemas, mas são pontuais. Levamos técnicos aos nossos fornecedores, o mesmo que outras montadoras fizeram, para solucionar em conjunto eventuais dificuldades”.

 

Assim como no mercado interno, a Volkswagen também vem ampliando negócios no Exterior. Recentemente iniciou a exportação de motores 1.4 TSI para o México, que equiparão modelos Jetta que seguirão para os Estados Unidos. Também são brasileiros os motores 1.4 que equipam o Tiguan Allspace que está vindo para cá. Por conta desse novo negócio a empresa acaba de contratar 25 funcionários na sua fábrica de motores de São Carlos, no interior paulista. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)