Estradão
O desempenho do mercado de caminhões no mês passado mais uma vez apresentou trajetória de recuperação, como mostra o balanço divulgado pela Fenabrave. Embora as 4.106 unidades vendidas em fevereiro tenham representado uma queda de 10,6% em relação a janeiro, o volume negociado apontou um crescimento de 57,26% sobre o mesmo período de 2016, quando os emplacamentos somaram pouco mais de 2.600 caminhões.
No acumulado dos dois primeiros meses do ano, outra alta expressiva, de 56,71% com 8.699 caminhões vendidos contra os 5.551 licenciados um ano antes.
“O crescimento de 1% do PIB nacional, depois de dois anos de queda, reforça nossas expectativas de retomada da economia e, principalmente, do mercado automotivo”, observa Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave. “Esse crescimento reflete diretamente na confiança do consumidor sobre a decisão de compra de bens.”
O mês passado também sinalizou que a disputa entre as fabricantes com o aquecimento do mercado será cada vez mais acirrada ao longo do ano.
A Mercedes-Benz ainda lidera no acumulado do ano com 30,3% do mercado (2.636 caminhões negociados), mas teve de se contentar com a vice-liderança em fevereiro. A MAN/Volkswagen ocupou o topo da lista no período com 1.301 unidades vendidas, o que representou participação de 31,7% no mercado total de caminhões do mês, enquanto a rival vendeu 1.187 unidades, fatia de 28,91%.
Fevereiro também registrou o avanço da Scania para o terceiro lugar do ranking, tirando da Ford Caminhões o seu tradicional posto. A marca de origem sueca negociou 548 caminhões contra 415 da fabricante de São Bernardo do Campo (SP), resultados que proporcionaram participações de 13,35% e 10,11%, respectivamente.
Outra ameaça sueca que incomoda a Ford é a Volvo, pois em fevereiro ambas registraram o mesmo volume de emplacamentos, embora no acumulado do bimestre a vantagem ainda permaneça com a marca do oval azul (988 unidades), porém já em quarto lugar, atrás da Scania (1.046 unidades).
O ranking de fevereiro segue com a DAF em quinto lugar, com 119 unidades vendidas e fatia de 2,90%; Iveco (2,78%), com 114 caminhões licenciados e Agrale (0,10%), que vendeu quatro veículos. (Estradão)