Daimler recusa oferta da Geely para adquirir participação via colocação de novas ações

Reuters

 

A Daimler AG recusou uma oferta da chinesa Geely para adquirir uma participação de até 5% na companhia europeia por meio de uma colocação de ações com desconto, com a montadora alemã relutando em ver as participações acionárias existentes diluídas, disseram fontes com conhecimento das negociações.

 

Uma participação desse tamanho valeria 4,5 bilhões de dólares a preços de mercado atuais. Embora tenha recusado a oferta, a montadora disse à Geely que uma compra de ações no mercado aberto era bem-vinda, acrescentaram as fontes.

 

As fabricantes de automóveis na China embarcaram em uma enxurrada de acordos, à medida que buscam impulsionar a produção de veículos elétricos e híbridos plug-in antes que sejam impostas as novas cotas por Pequim, que quer reduzir a poluição atmosférica urbana e diminuir a dependência do país por petróleo.

 

Pessoas com conhecimento dos planos da Geely disseram que a empresa estava interessada em acessar a tecnologia de baterias para carros elétricos da Daimler e queria estabelecer uma joint venture de carros elétricos em Wuhan, capital da província de Hubei. A Geely, que também é dona da fabricante de automóveis sueca Volvo, ainda tem esperanças de garantir um acordo de alguma forma nas próximas semanas, acrescentaram.

 

As duas montadoras se reuniram em Pequim nas últimas semanas, a pedido da Geely. Lá, a empresa chinesa conhecida formalmente como Zhejiang Geely Holding Groupse ofereceu para comprar uma participação entre 3% e 5 %, se a Daimler emitisse novas ações com desconto, disseram as fontes.

 

Não ficou imediatamente claro que tipo de desconto a Geely tinha em mente ou se a chinesa estaria interessada em adquirir ações no mercado aberto.

 

Um porta-voz da Geely não quis comentar. Um porta-voz da Daimler disse que a empresa estava “muito feliz com sua estrutura acionária no momento”, mas acrescentou que receberia bem novos investidores com um interesse de longo prazo na companhia. 9Reuters/Julie Zhu e Norihiko Shirouzu)