AutoIndústria
Com números recordes em volume e receita, as exportações ganham peso importante este ano na produção brasileira de veículos. A participação das vendas externas no total fabricado por aqui, que era de 23% em 2016, passou para 28% no acumulado de janeiro a outubro, contribuindo para a redução da capacidade ociosa e a recolocação de pessoal afastado da indústria.
Foram exportados nos primeiros dez meses do ano total de 627,8 mil veículos, frente a uma produção de 2,23 milhões. No mesmo período de 2016 as exportações estavam em 400,6 mil unidades e a produção em 1,74 milhão. Com relação a 2015 o ganho de participação é ainda mais expressivo. Naquele ano foram fabricados 2,43 milhões de veículos, com as exportações – em total de 417,3 mil unidades – respondendo por apenas 17% da produção.
A indústria brasileira já viveu bons momentos nas exportações, mas sempre que houve aquecimento do mercado interno o externo foi meio deixado de lado. Agora é posição consensual no setor de que é importante manter índice de participação das vendas externas entre 25% e 30%, para evitar maiores problemas quando o mercado doméstico desaba.
De acordo com dados da Anfavea, as exportações registram alta de 56,7% em volume este ano, como total de 627,8 mil veículos embarcados, e de 51,6% em receita, com US$ 13,1 bilhões acumulados de janeiro a outubro. Algumas marcas têm desempenho ainda melhor, com alta acima da média, como é o caso da Volkswagen. A montadora exportou de janeiro a setembro quase 125 mil veículos, com crescimento de 76% no ano.
Pesados
Importante destacar que também os caminhões brasileiros estão ganhando espaço no Exterior e, nesse caso, a participação das exportações na produção é ainda maior do que a dos automóveis e comerciais leves. Com 23,8 mil embarques de janeiro a outubro, a fatia das exportações no caso dos caminhões atingiu expressivos 35,4% este ano.
A MAN Latin America, por exemplo, divulgou no início desta semana que nos três primeiros trimestres deste ano registrou alta de 40% em suas exportações no comparativo com o mesmo período do ano passado. Além de ter ampliado os negócios em países com os quais já mantinha negócios, conquistou novos mercados agora em 2017, como o da Nicarágua e o da Guatemala. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)