Nissan cita falta de pessoal para testes inadequados e planeja mais inspetores

Reuters

 

A Nissan Motor culpou nesta sexta-feira a falta de pessoal treinado por inspeções finais inadequadas em suas fábricas japonesas por mais de 20 anos e informou que aumentará o número de inspetores como parte de um plano para melhorar o compliance.

 

No mês passado, a montadora iniciou um recall para 1,2 milhão de veículos -incluindo todos os carros de passeio produzidos para venda no Japão nos últimos três anos – depois de descobrir que os inspetores não certificados estavam há décadas aprovando as verificações de veículos exigidas pelo Ministério dos Transportes para os carros vendidos no país.

 

A Nissan informou que uma investigação descobriu que “inspeções finais que não estavam em conformidade” eram o padrão na década de 1990, e que poderia existir desde 1979 em sua fábrica de Tochigi.

 

A empresa não considerou adequadamente as inspeções ao cortar pessoal, informou por meio de relatório, bem como as contramedidas que apresentou ao governo. A montadora informou ainda que aumentará em mais de 20% o número total de inspetores finais até o final de março.

 

A falta de conduta em si não afeta os veículos de exportação e todas as verificações de segurança necessárias foram realizadas nos carros afetados. Mas o escândalo manchou marca da Nissan em casa e, juntamente com o escândalo de falsificação de dados da compatriota Kobe Steel, levantou questões sobre compliance e controle de qualidade em fabricantes japoneses.

 

A Nissan espera que o recall custará 25 bilhões de ienes (222,10 milhões de dólares), e na semana passada reduziu sua expectativa de lucro operacional para o ano. (Reuters/Ritsuko Ando e Maki Shiraki)